O Município de Castro Marim abriu um procedimento de hasta pública para o arrendamento do Figueiral da Ordem, situado em Sobral de Baixo.
Com um valor base de 3.000 euros anuais, as propostas poderão ser entregues até às 17:00 do dia 15 de julho, no edifício da Câmara Municipal de Castro Marim.
“O terreno é composto por duas parcelas, ambas cultivadas com pomar de sequeiro, sendo uma com cerca de 8 hectares ocupada com figueiras e outra com cerca de 2,5 hectares com amendoeiras”, explica a autarquia castromarinense.
As fruteiras tradicionais algarvias abrangem um número variado de espécies que eram, até quase ao final do século passado, parte integrante da dieta dos algarvios e da economia da região.
Entre estas espécies “temos a amendoeira, alfarrobeira, figueira e a oliveira, espécies constituintes do pomar de sequeiro algarvio. Com este enquadramento e procurando a dignificação da história do concelho e a valorização do pomar tradicional de sequeiro algarvio, a câmara municipal de Castro Marim plantou neste terreno figueiras côteas e amendoeiras”.
A variedade côtea é produtiva, semi-precoce, muito interessante na produção de vindimos para secar e era a principal variedade cultivada no Algarve.
A partir do século XV, a Comenda da Ordem de Cristo em Castro Marim integrava vários figueirais, com figueiras e outras árvores de fruto, sobretudo, na zona costeira. O figo seria a produção agrícola predominante em Castro Marim e que constituiria uma das suas principais riquezas, à imagem do ocorrido no resto da região, pois o figo tinha um papel de grande importância na economia algarvia. O figo podia ser consumido fresco ou seco, ao longo de todo o ano, para sustento das pessoas e dos animais de Castro Marim e da região, mas também para exportação.
A iniciativa de arrendamento, por 15 anos, surge como um incentivo a projetos de curto/médio prazo, um estímulo à dinamização da base económica local e à instalação de empresas no concelho, bem como a promoção da autonomia empresarial e do investimento privado.
O modelo de avaliação das propostas terá em conta não só o preço apresentado como também os anos de residência no concelho, valorizando assim quem já escolheu Castro Marim por força da sua vida familiar ou empresarial.
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