O escritor e jornalista polaco Adam Michnik, nascido em Varsóvia há 75 anos, recebeu esta quarta-feira o Prémio Princesa das astúrias de Comunicação e Humanidades. Diretor da “Gazeta Wyborcza” e, segundo o jornal espanhol “El País”, um reconhecido intelectual na transição da Polónia para a democracia.
No comunicado, o júri destacou “o seu compromisso com o jornalismo de qualidade e a sua influência na recuperação e defesa da democracia na Polónia”. Ex-líder dissidente e sempre comprometido com a liberdade, Michnik é, acrescenta o “El País”, um dos mais proeminentes defensores dos direitos humanos na Polônia, tendo sido também um dos fundadores do movimento KOR (o comité para a defesa dos trabalhadores) e membro do sindicato Solidariedade, liderado nos anos 80 por Lech Walesa.
Como contrapartida pela sua militância , Adam Michnik foi várias vezes preso, ainda antes de fundar, após a queda da ditadura comunista em 1989, o principal jornal progressista da Polónia, do qual continua a ser editor-chefe.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL