A presidente da Iniciativa Liberal (IL) destacou este sábado a abrangência da coligação autárquica de Faro que junta cinco partidos, com o cabeça de lista à Câmara, Cristóvão Norte, a defender a “moderação” e o “diálogo” contra extremismos.
Num local onde o Chega tem ganho protagonismo – venceu as eleições no distrito nas últimas duas legislativas -, o deputado Cristóvão Norte tenta suceder ao também social-democrata Rogério Bacalhau nas eleições de 12 de outubro.
Este sábado, no mercado municipal de Faro, a caravana da coligação teve a presença da líder nacional da Iniciativa Liberal, que defendeu o trabalho da candidatura conjunta, que contou com negociações prévias.
“Nós temos feito um trabalho ao longo destes quatro anos em Faro” e “é um trabalho ao qual queríamos dar continuidade, temos trazido muitas propostas para cima da mesa, temos conseguido um processo de redução de impostos”, explicou aos jornalistas Mariana Leitão, defendendo a manutenção de uma “dinâmica de atração de investimento”.
O objetivo é “trazer esse dinamismo e que Faro se torne efetivamente um sítio que crie oportunidades para as pessoas, onde as pessoas se queiram fixar e cada vez menos dependente do centralismo de Lisboa”.
A candidatura em Faro é das mais abrangentes, juntando PSD, IL, CDS-PP, PAN e MPT, uma “coligação nunca antes vista no nosso país” e que “consegue ultrapassar barreiras, unir as pessoas em torno de um mesmo projeto. Isso para nós é o mais importante e é a mensagem que estamos a transmitir”, acrescentou Mariana Leitão.
“Acho que é um sinal de que o diálogo democrático pode servir verdadeiramente as pessoas e, portanto, tem sido feito esse trabalho de conseguir garantir pontes entre vários partidos, sempre em prol das pessoas, esse é o nosso maior objetivo”, resumiu.
Cristóvão Norte admitiu que a abrangência da candidatura é um sinal também contra os extremismos e radicalismos.
“Já viu, as coisas que nós conseguimos fazer? É esse, exatamente, o mote desta candidatura: O compromisso desta candidatura é com Faro, isso significa unir e não dividir”, sem fazer cedências, explicou o candidato.
“Nós somos irredutíveis nos princípios, mas flexíveis na estratégia” e “em momento algum, esta candidatura comportará qualquer decisão, ideia ou posicionamento que sirva para dividir as pessoas, provenha ela de onde provir”, salientou.
Para o candidato, tudo indica que “não haverá maiorias” na autarquia e “isso significa que, quer na Câmara quer na Assembleia Municipal, para que as coisas sejam concretizadas tem de haver diálogo e concertação”.
“Os orçamentos têm que ser aprovados e, portanto, eu desafio os farenses a refletirem sobre que candidatura dispõe das melhores condições para fazer essa articulação”, acrescentou, recordando que conta com o ex-autarca Macário Correia como candidato à Assembleia Municipal.
O objetivo é “garantir estabilidade e garantir, sobretudo, que a decisão dos farenses nas urnas é cumprida escrupulosamente”, resumiu.
António Miguel Pina, do PS, Cristóvão Norte, da coligação “Faro Capital de Confiança” (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Duarte Baltazar, da CDU (coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira, do ADN, José Moreira, do Bloco de Esquerda, Pedro Oliveira, do Volt Portugal e Pedro Pinto, do Chega, e Adriana Marques Silva, do Livre, são os candidatos à Câmara de Faro.
A Câmara de Faro é liderada há 12 anos por Rogério Bacalhau (PSD), que conclui o terceiro e último mandato permitido por lei na autarquia da capital algarvia.
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
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