O segundo-comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse hoje que os três Canadair estiveram inoperacionais na quarta-feira, um por avaria mecânica e os outros dois devido a uma inspeção por causa das horas de voo.
O segundo-comandante operacional da ANEPC, Miguel Cruz, disse hoje que um Canadair (aviões anfíbios construídos especificamente para combate a incêndios), “está operacional e a operar”.
“Tivemos efetivamente ontem [quarta-feira] uma inoperatividade destas duas aeronaves, sendo que o que está consagrado contratualmente é que a terceira aeronave substitui uma delas. Naturalmente temos que contar que as máquinas também falham e também tem que ter processos de revisão. Foi o que aconteceu com esta terceira aeronave, que teve um processo de revisão de 50 horas de voo. É algo que tem que forçosamente acontecer”.
O segundo-comandante nacional sublinhou ainda que existe um conjunto de outros meios aéreos que complementam o trabalho dos Canadair e que estão no teatro de operações.
“Não é o facto de ter estas aeronaves [Canadair] temporariamente inoperativas que possa criar aqui uma situação mais complicada ou de mais fácil resolução”.
Já sobre o número de operacionais no terreno (cerca de 1.500), Miguel Cruz disse que não é normal ter um número tão significativo.
“Normalmente não costumamos ter. Penso que já terá havido outros [números de operacionais] idênticos ou até superiores”.
Quanto à área ardida até ao momento, que se estima em cerca de 10 mil hectares até quarta-feira, Miguel Cruz salientou que é um “valor provisório”, e que será confirmado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Para já, o segundo-comandante nacional da ANEPC não prevê a desmobilização de meios do teatro de operações.
“Não vai haver desmobilizações de operacionais. O dispositivo instalado será o adequado. Pode haver alguns ajustes”.