O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) fala num crime hediondo. Luís Neves diz-se “triste e revoltado” com o caso da menina de Setúbal. “Trabalhámos três dias em contrarrelógio na perspetiva de podermos apresentar um resultado”, afirmou o responsável da PJ esta sexta-feira, em conferência de imprensa.
“Procuraremos, com o desenvolvimento da investigação, apercebermo-nos de todos os aspetos que estão subjacentes – antes, durante e após – à prática deste factos, que – repito – são hediondos”, garantiu Luís Neves, em declarações aos jornalistas.
Os três detidos no âmbito da investigação à morte de uma menina de 3 anos em Setúbal foram levados esta sexta-feira de manhã para as instalações da Polícia Judiciária na cidade e deverão ser ouvidos esta tarde em tribunal
Os suspeitos pernoitaram noutras instalações judiciais e ao final da manhã deram entrada na Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, pouco antes das 12:00, conforme constatou a Lusa no local.
A morte da menina ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa de uma mulher que identificou às autoridades como ama da criança.
De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.
A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.
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