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Olhão: franceses reformados jogam petanca em convívio com outras comunidades

O regime fiscal de Residente Não Habitual criado em 2009 e revisto em 2012 com o objetivo de atrair para Portugal pessoas de rendimentos elevados e profissionais de alto valor acrescentado oferece isenção de IRS aos reformados durante 10 anos

11:06 26 Março, 2023 | Jornal Postal
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Os reformados franceses que nos últimos anos têm chegado a Portugal atraídos pela qualidade de vida e vantagens fiscais juntam-se em convívio com outras comunidades a jogar petanca, duas vezes por semana, em Olhão.

“Estamos no fim da nossa vida, na reforma, e divertimo-nos a jogar petanca”, contou à Lusa o reformado francês Francis Warnier, de 69 anos, no campo junto à Marina de Olhão, onde costuma juntar-se com outros praticantes daquele jogo de origem francesa.

Portugal tem-se transformado num paraíso para milhares de reformados franceses, e não só, nos últimos anos, principalmente atraídos pela vantagem fiscal de terem segunda residência no país, e muitos têm escolhido a cidade de Olhão, à beira da Ria Formosa, para viver.

“Todas as pessoas que conheço aqui, encontrei-as aqui. Não conhecia ninguém quando cheguei”, afirma o reformado, que vai duas vezes por ano a França “para ver os filhos e os netos”. Há oito anos no Algarve, diz adorar morar na região, devido ao “calor, bem-estar e segurança”.

Francis Warnier, que trabalhou “no duro durante toda a vida”, sofria de dores que em Portugal desapareceram, razão pela qual também foi ficando: “É um bem-estar, e é por isso que ficamos”, disse.

“[Jogo petanca] porque durante toda a minha vida não pude jogar e sempre o quis fazer. É um desporto para as pessoas reformadas, é calmo, é convivial e é agradável”, afirmou.

O regime fiscal de Residente Não Habitual criado em 2009 e revisto em 2012 com o objetivo de atrair para Portugal pessoas de rendimentos elevados e profissionais de alto valor acrescentado oferece isenção de IRS aos reformados durante 10 anos.

Um outro francês, Dominique Touletano, de 65 anos, explica que o encontro em Olhão, junto à marina e com a vista para a Ria Formosa, tem lugar duas vezes por semana, desde há dois anos: “Não há inscrição, não se paga nada, apenas o bom humor e o prazer de partilhar”.

O reformado mostrou-se satisfeito pelo encontro “informal, entre conhecidos”, que ainda não são amigos, mas que podem “vir a ser amigos próximos”, sendo que ali se juntam pessoas de várias localidades do sotavento (leste) algarvio para jogar.

Dominique Touletano sublinha que se trata de um encontro entre “muitos reformados que gostam de viver em Portugal”, mas também com a participação de, entre outras comunidades, pessoas locais, que são pescadores, artesãos e exercem todo o tipo de atividades, relata.

“Isto reforça as ligações entre as comunidades. Não jogamos apenas aqui, também na Fuseta, em Almancil, e cada vez com mais mistura, homens e mulheres de todas as nacionalidades […] de forma espontânea”, o que é “extraordinário”, afirmou.

A comunidade francesa é a mais numerosa nestes encontros informais, a seguir vem a portuguesa, mas também aparecem outras onde a petanca tem tradições enraizadas, como a belga e a suíça.

O regime francês de reformas e pensões é um dos mais favoráveis do mundo, prevendo que a população possa beneficiar dele a partir dos 62 anos. O governo francês está atualmente a alterar a idade mínima da reforma de 62 para 64 anos, uma medida que pretende implementar de forma faseada até 2030 e que está a ser muito contestada pelos sindicatos.

“No início, durante cinco ou seis anos só jogava com portugueses e depois [começaram a chegar] os franceses e agora jogo com toda a gente”, afirma o francês Henri Raposo, com 84 anos e que vive há nove no Algarve.

O reformado, que lamenta nunca ter conhecido o pai, um português emigrado em França, e aprendido a falar a sua língua, realça a beleza da Ria Formosa e a simpatia dos portugueses, considerando o clima secundário: “Estamos muito bem aqui”.

A maioria dos franceses que escolheram o Algarve como sua residência afirmam que adoram viver na região, entre outras razões, mas em primeiro lugar por causa do clima ameno, e logo a seguir pela simpatia dos portugueses.

“A comunidade francesa foi-se começando a juntar aqui em Olhão e jogamos todos juntos, numa amizade com um jogo que é típico deles e que trouxeram para Portugal e para outros países”, constata Válter Anjos, de 43 anos, que também participa no convívio duas vezes por semana.

O olhanense adianta que cada vez mais a comunidade francesa vem para Portugal e que os seus membros adoram o sol e a praia: “Isto tem um clima bastante bom para os portugueses, quanto mais para os franceses”, conclui.

A petanca é um jogo de origem francesa criado no início do século XX, jogada em todo o sul da Europa e trazida para Portugal na década de 1980 por portugueses emigrados em França.

O jogo é uma atividade de grupo e consiste no lançamento de uma série de bolas metálicas, com o objetivo de ficar o mais próximo possível de uma pequena bola de madeira (‘cochonette’), lançada previamente por um jogador.

O seu nome deriva da expressão ‘pieds tanqués’, que significa pés juntos.

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