A SIC conversou com a avó materna da menina de três anos, que morreu esta segunda-feira no Hospital de Setúbal. A avó garante que a família tinha uma boa relação e foi a ama quem se ofereceu para ficar com a criança.
No dia em que a mãe, o padrasto e a ama da pequena Jéssica foram ouvidos pela Polícia Judiciária (PJ), e que se aguarda o resultado da autópsia, a SIC falou com Rosa Tomás, avó materna da menina.
Garantindo que a família tinha uma boa relação e que “a menina até tinha ciúmes” do padrasto, a avó contou que a filha lhe ligou quando foi buscar Jéssica à ama.
“Quando foi buscar a menina ligou-me e disse ‘olha a menina vem a dormir, estou à espera que ela acorde para ver se vou ao hospital porque ela está arranhada na cara’, mas a menina continuou a dormir”, diz avó, garantindo que a filha não deu Atarax – um anti-histamínico – à criança.
A avó contou ainda à SIC que foi a “primeira vez que [a menina] ficou na ama” e que foi, aliás, a ama que se ofereceu para ficar com a criança.
O QUE DIZ O PADRASTO
Depois de ser ouvido pelas autoridades, o padrasto de Jéssica, Paulo Amâncio, garantiu aos jornalistas que desconhecia que a menina tinha ficado com a ama.
O padrasto disse ainda que, há um mês, a criança tinha sido agredida e que apresentava várias marcas na cara quando esteve com a madrinha.
PJ SUSPEITA DE MAUS-TRATOS
A menina de três anos que morreu na segunda-feira em Setúbal deu entrada no Hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), “entubada e ventilada”, depois de ter sido assistida em casa da mãe por uma equipa de emergência médica.
Segundo fonte do CHS foram feitas tentativas de reanimação mas sem sucesso.
A PJ de Setúbal admite que a morte de Jéssica ocorreu num “quadro evidente de maus tratos”, que poderá ser hoje confirmado pelo resultado da autópsia.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL