Em Portugal, há milhares de idosos que vivem com reformas demasiado baixas para suportar o custo de vida atual. Muitos contam cada euro ao fim do mês e desconhecem que podem ter direito a um apoio que faz diferença real no orçamento. Trata-se do Complemento Solidário para Idosos (CSI), um valor extra pago pela Segurança Social a quem tem rendimentos reduzidos. O problema é que este apoio não é automático. É preciso pedi-lo.
Quem pode beneficiar deste apoio
O Complemento Solidário para Idosos destina-se a pessoas com 66 anos ou mais, residentes em Portugal, que tenham rendimentos anuais inferiores a 6 608 euros por pessoa. O cálculo tem em conta a pensão, outros apoios recebidos e, se existir, os rendimentos do cônjuge ou companheiro.
A Segurança Social avalia cada caso individualmente, ajustando o valor do complemento à situação económica do beneficiário. Em alguns casos, o apoio mensal pode ultrapassar 200 euros, representando uma ajuda significativa para quem vive com poucos recursos.
Como fazer o pedido
O CSI deve ser solicitado junto dos serviços da Segurança Social ou através do portal online. O pedido exige a entrega de documentos que comprovem rendimentos, despesas e composição do agregado familiar.
Depois da análise do processo, o valor é pago mensalmente juntamente com a pensão, permitindo que o beneficiário receba tudo numa única transferência. Quem tiver dúvidas pode pedir esclarecimentos nos balcões da Segurança Social ou contactar a linha de apoio.
Um apoio ainda pouco conhecido
Apesar de existir há vários anos, muitos pensionistas elegíveis ainda não pediram o complemento. Alguns acreditam que o apoio é atribuído automaticamente, outros não conhecem os critérios de acesso.
A Segurança Social tem reforçado as campanhas de informação para garantir que todos saibam que o CSI pode ser solicitado a qualquer momento, desde que sejam cumpridos os requisitos.
Um valor que pode fazer a diferença
Para milhares de reformados, o complemento solidário é mais do que uma ajuda financeira. É a possibilidade de viver com dignidade, pagar as contas, comprar medicamentos ou simplesmente respirar com menos preocupação.
Quem suspeitar que pode ter direito deve confirmar a elegibilidade junto da Segurança Social e apresentar o pedido. Num contexto em que o custo de vida continua a subir, nenhum apoio deve ficar por pedir.
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