O custo de vida em Portugal está cada vez mais elevado, depois dos sucessivos aumentos dos preços dos alimentos, assim como dos combustíveis fósseis e das casas. Ainda que o salário mínimo tenha aumentado no início de 2025, para muitos, este crescimento não foi suficiente para suportar as despesas e alguns portugueses estão a começar a procurar melhores condições de vida fora do país.
Se pretende reduzir drasticamente as suas despesas diárias, saiba que existe um país que, para além de não ficar longe de Portugal, encontra-se à beira-mar e ali é possível viver com apenas 16 euros por dia. Trata-se de um país que se debruça sobre as águas quentes do Mediterrâneo e onde, à semelhança do que se verifica no Algarve, pode contar com mais de 300 dias de sol por ano, sendo que as temperaturas no inverno também são amenas.
Não há voos diretos de Portugal para a Tunísia
Falamos da Tunísia, um país que se situa no norte de África e é banhado pelo mar Mediterrâneo. Ainda que o país se encontre relativamente perto de Portugal, a verdade é que não existem voos diretos para este país a partir dos aeroportos portugueses. Caso pretenda viajar para a capital, Túnis, a partir de um dos três aeroportos portugueses, terá de fazer sempre uma escala em Paris ou em Roma.
No entanto, a Tunísia é apontado como um dos destinos mais baratos para viver, já que é possível alugar casas junto ao mar com rendas a rondar os 250 euros. Segundo a informação disponibilizada pelo site Travel365, também é possível comer num restaurante por dois euros. Por outro lado, se quiser tomar uma refeição num restaurante mais caro, poderá comer um menu com três pratos por 15 euros.
Contas feitas, é possível viver na Tunísia com cerca de 500 euros por mês, havendo a possibilidade de morar numa casa junto ao mar.
Túnis, Hammamet, Sousse e Djerba são as cidades mais seguras
Para além do custo de vida, a proximidade ao mar e o clima ameno durante todo o ano fazem com que muitos reformados queiram mudar-se para a Tunísia para aproveitar a sua nova fase. De salientar que, regra geral, a Tunísia é um país seguro. As cidades mais turísticas, como Túnis, Hammamet, Sousse e Djerba, contam com a presença de vários elementos das forças policiais, de modo a garantir a segurança nessas zonas do país.
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Túnis: o que fazer na capital da Tunísia?
As medinas, palavra que significa “cidade antiga” em árabe, são hoje símbolos da herança histórica e cultural das cidades do Magrebe. Na Tunísia, este conceito ganha especial destaque, com medinas que se tornaram autênticos pontos de atração para visitantes de todo o mundo. Entre as mais emblemáticas estão as de Sousse, Kairouan, Sfax e a famosa medina de Túnis, cada uma oferecendo uma imersão única na cultura árabe.
As medinas são espaços muralhados, tradicionalmente fechados ao tráfego automóvel, acessíveis através de portões imponentes guardados por torres. No interior, desenha-se um autêntico labirinto de ruelas estreitas e frescas, que conduzem a uma mostra impressionante de património arquitectónico. Entre mesquitas, madrassas, zauias, hammams e os sempre animados souks, cada recanto revela um pedaço da história e da vivência local.
Herança do mundo islâmico
A Medina de Túniss, em particular, é considerada uma das mais bem preservadas do mundo islâmico. Fundada em 698 d.C., manteve-se limitada pelas suas muralhas durante mais de mil anos, facto que lhe conferiu uma identidade ímpar. Reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade desde 1979, esta medina testemunhou a passagem de várias dinastias e o constante diálogo entre o Norte de África, a Europa Ocidental e o Oriente.
No coração da medina de Túnis encontra-se a Grande Mesquita, também conhecida como Mesquita Zeitouna. Este edifício, que não está aberto a não muçulmanos, impõe-se pela sua arquitectura e pela centralidade que ocupa na vida religiosa e comercial da cidade antiga. Próximas da mesquita, as Três Madrassas apresentam fachadas características, distintas dos outros edifícios históricos que povoam a medina.
Os souks da medina de Túnis continuam a ser o seu verdadeiro motor. Mais de vinte mercados mantêm viva a tradição do comércio, com uma organização que à primeira vista parece caótica, mas que obedece a uma lógica própria. Junto às mesquitas concentram-se os vendedores de artigos religiosos, livros, tapetes, jóias e perfumes, como se pode verificar nos conhecidos Souk el-Attarine e Souk et-Trouk.
Há sempre a hipótese de regatear
Mais afastados, perto das portas da medina, situam-se os mercados dedicados ao ferro, carne e legumes. Nestes espaços é possível encontrar desde um tajine colorido até um frasco de óleo de jasmim, sempre com a possibilidade de regatear.
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