Aos 32 anos, Naz Avo decidiu deixar o trabalho e viver daquilo que poupou e investiu ao longo de mais de uma década. O objetivo era simples: conquistar tempo para si. De acordo com o portal britânico Metro, a motivação surgiu ainda na adolescência, depois de assistir a um filme que o fez repensar a forma como lidava com o dinheiro e com o tempo.
O filme em causa inspirou-o a procurar a própria independência financeira. A ideia ficou-lhe na cabeça e acabou por moldar a forma como geriu a sua vida adulta.
Nascido na Ucrânia na década de 1990, Naz cresceu numa família habituada a viver com o essencial. Essa experiência, segundo a mesma fonte, tornou-o particularmente cauteloso com o consumo. Mesmo quando começou a trabalhar como programador para uma empresa americana, manteve um estilo de vida simples.
Optou por viver na Ásia, onde o custo de vida era substancialmente mais baixo, o que lhe permitiu poupar grande parte do salário. Durante anos, reservou entre 60% e 70% dos seus rendimentos para investimento, gastando apenas o necessário em despesas básicas.
Investimentos simples, disciplina constante
Com o tempo, o programador começou a diversificar as aplicações financeiras. Conforme a mesma fonte, comprou imóveis na Ucrânia e na Polónia, que hoje gera rendimentos através de arrendamentos de curta duração. Paralelamente, aplicou o restante capital em fundos de índice, ações e obrigações.
Naz diz que o seu método passou por investir a longo prazo e resistir à tentação de fazer alterações constantes. “Simplesmente funciona”, revelou à mesma publicação. A estratégia deu frutos e, aos 32 anos, o saldo atingiu o valor que considerava suficiente para garantir estabilidade sem precisar de trabalhar.
Nova rotina entre o café e as montanhas
Depois de se despedir do trabalho, Naz viajou para a Tailândia e fixou-se em Chiang Mai, uma cidade conhecida pelo ambiente tranquilo e pelo custo de vida reduzido. Segundo o Metro, os dias começam devagar, entre o café e a leitura, e dividem-se entre desporto, viagens e escrita.
Hoje, dedica-se ao jiu-jitsu, à corrida, à ioga e à partilha de experiências no seu blogue pessoal. De tempos a tempos, aceita projetos pontuais na área da tecnologia, mas apenas por curiosidade ou desafio intelectual.
“O tempo tornou-se o meu verdadeiro rendimento”
Após a mudança, Naz admitiu que o processo de adaptação não foi imediato. “Somos criaturas de hábitos”, disse, referindo-se à transição entre a rotina de trabalho e a liberdade total. Levou alguns meses até conseguir desligar-se completamente do ritmo profissional.
Agora, afirma que o mais importante é poder decidir o que fazer com o tempo. “Quero ter controlo sobre o meu calendário”, revelou ao mesmo portal. Para quem sonha seguir o mesmo caminho, o conselho é pragmático: planear bem, fazer contas e manter o foco.
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