Mais de 40 futebolistas israelitas têm nacionalidade portuguesa concedida ao abrigo da lei dos sefarditas, que permite a descendentes de judeus obter a cidadania.
Numa investigação publicada este sábado, o jornal “Público” explica que a nacionalidade portuguesa torna os campeonatos organizados por países da União Europeia “mais acessíveis” aos jogadores israelitas, facilitando eventuais transferências para clubes do bloco europeu, “que têm limitações para a contratação de jogadores extra-comunitários” nas suas competições.
Entre os jogadores de Israel com passaporte português está Manor Solomon, considerado o “mais valioso jogador israelita da atualidade”. Foi emprestado ao Fulham pelos ucranianos do Shakhtar Donetsk. Foto Jacques Feeney
Dos mais de 40 futebolistas a quem foi concedida a nacionalidade portuguesesa, 12 são internacionais. Entre eles, encontram-se Manor Solomon, que foi avaliado em 18 milhões de euros pelo Transfermarkt, um site especializado em transferências e finanças do futebol, e é descrito pelo jornal como “o mais valioso jogador israelita da atualidade”. Foi emprestado ao Fulham, clube de futebol inglês, pelos ucranianos do Shakhtar Donetsk.
Shon Zalman Weissman é outro dos jogadores israelitas com passaporte português. Com 26 anos, trata-se “do segundo jogador israelita mais bem avaliado do mercado, com uma cotação de oito milhões de euros”. Joga no Real Valladolid desde 2020-21 e, em agosto de 2021, terá despertado o interesse do Sporting, mas as negociações não avançaram.
Entre todos os futebolistas israelitas com passaporte português, apenas um já jogou por uma equipa portuguesa, diz também o “Público”. Trata-se do ponta-de-lança Dor Jan, contratado pelo Paços de Ferreira para a temporada de 2020-21, por 100 mil euros.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL