Levar o carro à oficina é, para muitos condutores, uma tarefa inevitável. Seja por questões de manutenção, revisões periódicas ou avarias inesperadas, é difícil escapar à visita ao mecânico. No entanto, nem sempre a experiência decorre sem incidentes, e há práticas que continuam a motivar queixas de automobilistas.
De acordo com o jornal El País, a Direção Geral do Consumo de Espanha revelou que o setor automóvel está entre os que mais reclamações acumulam por más práticas.
Perante este cenário, a empresa Invarat, especializada em peritagens e assessoria técnica, reuniu as três principais causas de conflito entre mecânico e cliente.
Intervenções sem consentimento
Uma das queixas mais recorrentes refere-se à realização de reparações sem autorização expressa do cliente.
Segundo a mesma fonte, é frequente que os mecânicos, após identificar um problema adicional, procedam à intervenção sem contactar o proprietário.
Esta prática pode conduzir a faturas inesperadamente elevadas, especialmente quando não existe prova de que o cliente concordou previamente com o serviço extra.
Refere o El País que estas situações dão origem a disputas legais frequentes, sendo fundamental salvaguardar os direitos do consumidor.
Horas de mão-de-obra inflacionadas
Outro ponto de discórdia prende-se com a contabilização das horas de trabalho. Escreve o jornal que, por vezes, as oficinas apresentam tempos de execução superiores aos que, na prática, seriam necessários para a reparação.
A Invarat recomenda que, sempre que possível, se peça uma estimativa detalhada antes do início dos trabalhos.
Além disso, é aconselhável comparar os valores propostos com tabelas de referência para aquele tipo de intervenção.
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Falta de informação sobre o veículo
A terceira queixa mais habitual está relacionada com a falta de conhecimento, por parte dos condutores, relativamente aos sinais de alerta emitidos pelos seus veículos. Luzes de advertência no painel de instrumentos são frequentemente ignoradas ou mal interpretadas.
Conforme explica a Invarat, esta situação permite que algumas oficinas explorem a incerteza do cliente para propor reparações de valor elevado, nem sempre necessárias.
A recomendação passa por, antes de dirigir-se à oficina, procurar entender o que o veículo está a sinalizar.
Como evitar surpresas na oficina
Para evitar estas situações, é fundamental adotar uma postura preventiva. De acordo com a mesma fonte, é importante registar por escrito os trabalhos autorizados, pedir sempre orçamento e evitar deixar o veículo na oficina sem um acordo prévio claro.
Além disso, em caso de dúvida sobre a veracidade da reparação, é possível recorrer a uma peritagem independente antes de retirar o veículo.
A importância da confiança no setor
Embora existam milhares de oficinas a operar com rigor e profissionalismo, os casos reportados revelam que a relação entre cliente e prestador de serviços deve assentar na transparência.
Segundo o El País, o ideal é procurar um mecânico com boas referências e privilegiar quem emite orçamentos detalhados e segue procedimentos claros.
Esta boa prática permite não só prevenir problemas futuros como também contribuir para uma maior confiança no setor automóvel.
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