As autoridades pró-russas de Luhansk e Kherson reconheceram hoje que as forças ucranianas estão a tentar romper as suas defesas em algumas zonas das duas regiões anexadas pela Rússia, mas disseram que estão a resistir.
O porta-voz militar de Luhansk (leste), Andrei Marochko, disse à agência oficial russa TASS que as tropas ucranianas avançaram até perto da cidade de Kreminna, onde as forças leais a Moscovo estão a tentar resistir.
“A situação na cidade de Kreminna está mais ou menos calma, sob controlo, mas o inimigo não pára de tentar romper a nossa linha de defesa”, disse Marochko, segundo a agência espanhola EFE. Marochko disse que as forças ucranianas sofreram “enormes perdas”, mas admitiu que, apesar disso, “estão a tentar avançar”.
Em Kherson (sul), o chefe adjunto pró-russo da administração militar e civil, Kiril Stremousov, disse que as forças ucranianas estavam sob fogo perto de Dudchany. “Na área de Dudchany, o avanço dos nazis [forças ucranianas] parou praticamente. Agora, a aviação e a artilharia estão a aniquilar todos aqueles que invadiram o território soberano da Federação Russa”, disse Stremousov na rede social Telegram.
O atual avanço ucraniano no leste e sul do país segue-se à libertação de mais de 450 localidades na região nordeste de Kharkiv. A imprensa ucraniana noticiou, na segunda-feira, que as forças de Kiev retomaram o controlo da cidade de Borova, localizada a leste do rio Oskil, na região de Kharkiv, no âmbito da contraofensiva lançada no início de setembro. Segundo o mesmo jornal, as forças ucranianas atravessaram já o rio Oskil e a contraofensiva “inclui agora também as regiões vizinhas de Donetsk e Luhansk da Ucrânia”.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no seu discurso noturno ao povo que “a luta feroz continua” e que novas localidades foram libertadas em várias regiões, mas sem especificar. As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.