Skip to content
Postal do Algarve

#liberdadeparainformar
Site provisório

Postal do Algarve

Diariamente, siga online as notícias do Algarve e as mais relevantes de Portugal e do Mundo

Menu
  • Sociedade
    • Ciência
  • Economia
    • Patrocinado
  • Saúde
  • Política
    • Legislativas 2022
  • Cultura
    • Ensino
    • Lazer
  • Desporto
  • Opinião
  • Europe Direct Algarve
  • Edição Papel
    • Caderno Alcoutim
  • Contactos
Menu
Descrito como alguém que "tinha nascido para ser polícia", Fábio Guerra, estava na PSP desde 2019 e tinha 26 anos
Sociedade

Morreu um polícia com “sentido de missão”. Fábio adorava as suas duas irmãs. Uma delas com quatro anos: “Quando tens duas irmãs que te dão sorrisos assim, o que podes pedir mais?“

Fábio Guerra não queria ficar pela base da profissão: “Dizia querer ir para a polícia de elite”. Na Covilhã, foi atleta de basquetebol.

09:50 22 Março, 2022 19:51 22 Março, 2022 | POSTAL
  • Facebook
  • Twitter
  • Messenger
  • Whatsapp
  • Telegram
  • Email
  • Linkedin
  • Pinterest

O jornal Observador deixa-nos um texto, assinado pela jornalista Carolina Branco, que não deixa ninguém indiferente perante uma morte trágica: “Quem era Fábio Guerra, que morreu após ser agredido por dez pessoas”. O POSTAL deixa aqui a sua reprodução, com a devida vénia, em jeito de singela homenagem:

Há quem venha para a polícia porque quer um emprego. Há quem venha com o sentido de missão. Fábio Guerra vinha com esse “sentido de missão”. Já o trazia quando entrou Escola Prática da Polícia, segundo conta ao Observador quem o viu por lá passar. Integrou o 15.º curso de formação de agentes, confirmou a Direção Nacional da PSP, e desde cedo demonstrou que não queria “ficar pela base” da profissão.

“Eu gostava era de ir para uma polícia mais de elite.” As palavras de Fábio Guerra são recordadas por Carlos Lopes, vice-presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL). Trabalha na secretaria de alunos da Escola Prática da Polícia e, por isso, lidou “muito” com o agente de 26 anos que morreu esta segunda-feira, consequência das graves lesões cerebrais que sofreu na sequências de agressões de que foi alvo à entrada de uma discoteca em Lisboa, já na madrugada do último sábado.

“Os formadores costumam deixar lá [na secretaria] matéria, caso os formandos queiram fotocopiá-la para depois estudar. E ele era um moço que quase todos os intervalos lá passava a perguntar” se havia material novo para levantar, conta ao Observador. Carlos Lopes recorda Fábio Guerra como um “miúdo muito humilde, muito interessado e aplicado nos estudos”, que “tinha o espírito da profissão“. “Destacava-se pelo interesse que tinha pela Polícia. Tinha nascido para ser polícia. Estava sempre a fazer perguntas sobre como era ‘lá fora’”, recorda ainda o dirigente sindical.

Fábio Guerra tinha duas irmãs. Uma delas tinha quatro anos: “Só quero que saibas o quanto somos cúmplices”

Nascido a 3 de maio de 1995, Fábio Micael Serra Guerra tinha 26 anos e era natural da Covilhã. Era o mais velho de duas irmãs — uma delas, com quatro anos. “Parece que ainda ontem estava no quartel ansioso, à espera de receber a notícia a dizer que já tinhas saído da barriguinha da mamã e agora já estás tão grande”, contava o agente da PSP numa publicação no Facebook. “Só quero que saibas o quanto és importante para mim, o quanto somos cúmplices e que o mano estará sempre aqui para te fazer as vontades todas”, rematava. Nesta rede social, Fábio Guerra partilhava várias fotografias com as duas irmãs, demonstrando uma forte ligação com ambas. “Quando tens duas irmãs que te dão sorrisos assim, o que podes pedir mais?“, lê-se na legenda de outra fotografia.

Na Covilhã, foi atleta de basquetebol do Clube Desportivo da Covilhã e, durante “muitos anos”, arbitrou jogos no distrito de Castelo Branco. Numa publicação do Facebook, o Clube manifesta “profunda tristeza e pesar” ao “saber que um ex-atleta”, ao ser “barbaramente agredido, acaba de falecer”. “O basquetebol ficou mais pobre”, lê-se ainda.

O agente da PSP fez serviço no Exército, tendo de lá saído já como furriel antes de ingressar no 15.º curso de formação de Agentes, de acordo com informação avançada pelo jornal O Interior. Estava na PSP desde novembro de 2019. Encontrava-se atualmente na 64ª esquadra de Alfragide, na Amadora. Na esquadra, era muito “acarinhado”, conta ao Observador fonte da PSP.

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa também destacou a “abnegação, coragem e dedicação ao serviço do próximo e da segurança pública” do agente Fábio Guerra.

Fuzileiros contradizem PSP, mas PJ tem indícios que desmontam versão nas agressões mortais a agente da PSP

Agente Fábio Guerra manifestava vontade de ir para o corpo de intervenção da PSP: “Não queria ficar pela base”

Mas o objetivo não seria ficar por ali. “Ele dizia que não queria ficar numa polícia normal. Chegou a perguntar-me o que era necessário fazer para ir para o Corpo de Intervenção. Já na Escola Prática da Polícia queria alcançar outros objetivos e não ficar pela base. Só mesmo um polícia que gosta mesmo da profissão é que vai [para o corpo de intervenção]”, conta ao Observador Carlos Lopes, vice-presidente do SINAPOL.

É por isso que, para Carlos Lopes, “não seria de esperar” que o agente Fábio Guerra olhasse para o lado e fingisse que não era nada com ele, na madrugada de sábado, quando assistiu a uma rixa entre várias pessoas, nas imediações da discoteca Mome, em Lisboa. “Como polícia, não deixava passar aquilo ao lado. Era mesmo a maneira dele: resolver o problema”, afirma o vice-presidente do SINAPOL.

Ele e outros três polícias estavam “fora de serviço”, mas “imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, quando se depararam com agressões entre várias pessoas. Os quatro polícias acabaram violentamente agredidos por um grupo com cerca de dez pessoas, sendo que Fábio Guerra foi imediatamente encaminhado para o hospital em estado crítico, fruto das agressões violentas de que foi alvo — e viria a morrer já esta segunda-feira.

Os agressores colocaram-se em fuga e não foi possível identificá-los num primeiro momento. Decorre agora uma investigação, que está a cargo da Polícia Judiciária e que já terá identificado dois dos dez agressores — pertencerão aos Fuzileiros, corpo de elite das Forças Armadas e terão ligações a um ginásio de boxe na margem sul do Tejo. Segundo a CNN Portugal, os dois militares do corpo de fuzileiros, que estavam retidos na Base do Alfeite, em Almada, enquanto decorriam as investigações, foram entretanto detidos pela PJ.

O polícia de 26 anos estava internado no Hospital de São José, em Lisboa. Encontrava-se em coma, dadas as graves lesões cerebrais que sofreu. Esta segunda-feira, pelas 15h00, todo o pessoal da PSP fez um minuto de silêncio, em homenagem ao polícia que morreu. “O Agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de dar a vida, se preciso for, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso, nunca nos esqueceremos”, escreveu a Direção Nacional da PSP, num comunicado a anunciar a sua morte, às 9h58 desta segunda-feira, 21 de março.

Agente Fábio Guerra trasladado para Covilhã pela PSP com percurso de homenagem

Últimas

  • MotoGP: Pol Espargaró internado vai fazer mais exames
    MotoGP: Pol Espargaró internado vai fazer mais exames
  • MotoGP: Campeão do mundo pede mudanças na segurança do circuito
    MotoGP: Campeão do mundo pede mudanças na segurança do circuito
  • MotoGP/Portugal: Pol Espargaró com traumatismos no peito e costas após uma violenta queda
    MotoGP/Portugal: Pol Espargaró com traumatismos no peito e costas após uma violenta queda
  • MotoGP/Portugal: Miguel Oliveira é 19.º nos treinos livres e falha acesso à Q2
    MotoGP/Portugal: Miguel Oliveira é 19.º nos treinos livres e falha acesso à Q2
  • Sismo de magnitude 4.0 registado a sudoeste do Cabo de São Vicente
    Sismo de magnitude 4.0 registado a sudoeste do Cabo de São Vicente

Opinião

  • Geração de 70 e a sociedade atual | Por Ludgero Faleiro
    Geração de 70 e a sociedade atual | Por Ludgero Faleiro
  • Leitura da Semana: O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo, de Charlie Mackesy | Por Paulo Serra
    Leitura da Semana: O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo, de Charlie Mackesy | Por Paulo Serra
  • A Comissão Especializada de Comunicação e Educação Ambiental da APDA já colocou o H2Off no calendário internacional | Por Teresa Fernandes
    A Comissão Especializada de Comunicação e Educação Ambiental da APDA já colocou o H2Off no calendário internacional | Por Teresa Fernandes

Europe Direct Algarve

  • Comissão Europeia alerta para verão ainda mais seco nos países do Mediterrâneo
    Comissão Europeia alerta para verão ainda mais seco nos países do Mediterrâneo
  • União Europeia 2030, os termos da sua autonomia estratégica | Por António Covas
    União Europeia 2030, os termos da sua autonomia estratégica | Por António Covas
  • Programa CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores vai ser apresentado em Tavira
    Programa CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores vai ser apresentado em Tavira
Há um novo POSTAL do ALGARVE nas bancas com o Expresso 🌍
  • Política de Privacidade, Estatuto Editorial e Lei da Transparência
Configurações de privacidade
©2023 Postal do Algarve