Após cinco meses consecutivos na oitava posição do ranking netAudience da Marktest, o jornal POSTAL ascendeu em abril de 2025 ao 7.º lugar a nível nacional. De acordo com os dados agora divulgados, o POSTAL alcançou 2.316.336 indivíduos, correspondentes a 27,0% do universo digital auditado. Este desempenho coloca o título algarvio ombro a ombro com os principais órgãos de comunicação social do país, superando a RTP (8.º lugar, 25,9% de reach) e aproximando-se do pelotão intermédio onde figuram marcas de âmbito nacional.
No topo da tabela continuam a dominar os grupos de media nacionais. A SIC lidera as entidades digitais auditadas, com um alcance multiplataforma de 38,0% (cerca de 3,26 milhões de utilizadores únicos), ligeiramente acima da TVI (37,2%, 3,20 milhões). Seguem-se os grandes diários generalistas: o Jornal de Notícias surge em 3.º, com 30,1% de reach (2,58 milhões de indivíduos), e o Correio da Manhã em 4.º, com 29,5% (2,54 milhões).
Já no 5.º e 6.º lugares encontram-se, respetivamente, o semanário Expresso (27,2%, 2,34 milhões) e o jornal digital Observador (27,1%, 2,32 milhões). É neste patamar de audiência – em torno dos 27% de alcance – que o POSTAL se instalou, registando 27,0% e ocupando agora a 7.ª posição nacional, apenas a uma décima percentual do Observador.
Logo abaixo do POSTAL, completam o top 10, a RTP (8.º lugar, 25,9% de reach), o portal de classificados OLX (9.º, 23,5%) e o site de lifestyle NiT (10.º, 23,3%).
Estes números confirmam que o POSTAL reforçou a sua posição entre os grandes títulos digitais portugueses, quebrando a barreira do 8.º lugar e consolidando uma presença inédita para um órgão de comunicação regional no ranking nacional.
Algarve com voz nacional
O feito ganha especial relevo por se tratar de um projeto independente sediado no Algarve, tradicionalmente uma região periférica no panorama mediático. A crescente projeção do POSTAL mostra que o Algarve também tem voz no espaço informativo nacional.
De facto, a larga maioria do público do jornal está fora do contexto local: 95% da audiência do POSTAL é externa ao Algarve, conforme salientou Afonso Dias Freire, diretor executivo online do postal.pt, numa recente conferência sobre media. Ou seja, embora mantenha raízes e identidade algarvias, o POSTAL conquista leitores em todo o país – algo que até há poucos anos seria impensável para um título regional.

Esta dimensão nacional alcançada por um jornal local tem merecido reconhecimentos públicos. O ministro Pedro Duarte, na abertura de um evento de comunicação o mês passado, apontou o POSTAL como exemplo do poder da imprensa regional, sublinhando que “projetos como o POSTAL são essenciais não apenas pela escala que alcançam, mas pela sua origem e proximidade. O POSTAL está no oitavo lugar no ranking netAudience, mas sobretudo no primeiro lugar das pessoas que acreditam nas histórias locais com relevância universal”.
Em outras palavras, mais do que os números, destaca-se a capacidade do POSTAL em levar histórias do Algarve a ressoar junto de um público alargado, demonstrando que a informação de cariz local pode ter interesse e impacto nacional. Essa relevância dual – local e universal – confirma o valor de uma imprensa regional forte no ecossistema mediático português.
Evolução sustentada e aposta digital
A ascensão do POSTAL não aconteceu por acaso, mas é fruto de uma evolução sustentada ao longo de quase quatro décadas. Fundado em 1986 (a primeira edição saiu a 6 de janeiro de 1987), o jornal Postal do Algarve nasceu de uma modesta impressão tipográfica em Quarteira, pelas mãos do jovem Henrique Dias Freire. Hoje, passados quase 40 anos, esse fundador e atual diretor orgulha-se do caminho percorrido: “aos 18 anos agarrei-me ao sonho de criar um jornal, e hoje, 40 anos depois, posso afirmar que o POSTAL está mais robusto e motivado do que nunca, cumprindo a missão de ser um jornal de referência e inspirador”.
Durante grande parte da sua história, o POSTAL afirmou-se como jornal regional de referência no Algarve, acompanhando o desenvolvimento da região e ganhando a confiança dos leitores locais.
Nas últimas duas décadas, porém, o título soube adaptar-se à era digital e apostar numa estratégia de expansão de audiência. O POSTAL on-line foi lançado com periodicidade diária em 2014, marcando o início de uma nova fase em que o jornal passou de uma distribuição limitada geograficamente para uma disponibilização global através da internet. Essa aposta no digital – com atualização diária de notícias regionais e nacionais no site – permitiu ao POSTAL alcançar progressivamente novos públicos.
Nos últimos anos, o crescimento intensificou-se, refletido nas métricas de audiência auditada: o jornal entrou no top 20 dos meios digitais nacionais e, a partir de novembro de 2024, passou a figurar consistentemente no top 10. Mês após mês, o POSTAL foi consolidando posições, atingindo 23,8% de reach em fevereiro de 2025 (8.º lugar), depois 25,4% em março (mantendo o 8.º lugar), até lograr os atuais 27,0% e a subida ao 7.º posto. Trata-se de um crescimento sustentado, alicerçado numa linha editorial que combina a proximidade regional com conteúdos de interesse geral, e numa forte aposta na inovação digital e nas redes sociais para difusão das notícias.
Como destaca a direção do jornal, a consolidação entre as grandes marcas nacionais resulta de “uma visão estratégica clara, assente na inovação contínua e numa relação próxima e autêntica com os leitores”.
Em suma, o percurso do POSTAL ilustra como um órgão local pode, através de persistência e adaptação, alcançar relevância no competitivo mercado nacional de media.

Novo painel de medição dá mais fiabilidade
Os números recorde agora registados pelo POSTAL surgem também no contexto de mudanças na própria medição de audiências digitais em Portugal. A Marktest implementou recentemente a nova metodologia Constant Panel no sistema netAudience, visando aumentar a fiabilidade dos dados obtidos. Esta atualização metodológica responde aos desafios colocados pelas crescentes restrições aos cookies de terceiros e pelas exigências de privacidade online. Com o Constant Panel, recorre-se a painéis constantes de utilizadores e a técnicas avançadas (como o modelo JAR-Flex) para calibrar as medições, garantindo maior precisão e estabilidade na contagem de utilizadores únicos.
Adicionalmente, a Marktest passou a disponibilizar uma medição multiplataforma verdadeiramente integrada, que contempla tanto o tráfego proveniente de dispositivos móveis como de computadores. Esta abordagem reflete de forma mais fiel os atuais hábitos de consumo de media.
No caso do POSTAL, por exemplo, a esmagadora maioria dos leitores acede ao site através do telemóvel: em abril, mais de 2,276 milhões dos seus 2,316 milhões de utilizadores acederam via smartphone ou tablet. Este desempenho valeu-lhe o 5.º lugar neste indicador, um dado que ilustra claramente os novos hábitos dos consumidores de informação digital.
Com a nova metodologia, os acessos móveis e de desktop são agora agregados de forma consistente, eliminando duplicações e proporcionando um retrato mais fidedigno do alcance real de cada título.
Em resultado do Constant Panel, os dados de audiência tornaram-se mais confiáveis e comparáveis de mês para mês, o que dá ainda mais relevo à performance do POSTAL. Henrique Dias Freire, diretor do jornal, sublinha que estes avanços tecnológicos “traduzem-se numa validação ainda mais clara do nosso papel enquanto meio digital influente”, reforçando a confiança de que o rigor do trabalho jornalístico será reconhecido pelos leitores.
A medição multiplataforma – que combina as audiências do site web e das aplicações móveis – beneficia particularmente projetos com forte penetração em mobile, como é o caso do POSTAL, e confere maior credibilidade aos rankings.
Para o panorama mediático português, a adoção de metodologias mais robustas significa que jornais regionais emergentes e independentes podem competir em pé de igualdade na aferição das suas audiências com os grandes grupos tradicionais. E o POSTAL do Algarve, com a sua recente subida no ranking, é prova viva de que, com dados fiáveis e trabalho consistente, um órgão regional pode figurar entre os líderes nacionais de audiência digital.

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