
Já são mais de 160 mil as pessoas [atualizado domingo, 21:35] que assinaram a petição pública a pedir o afastamento do juiz Ivo Rosa, responsável pelo caso da Operação Marquês, da magistratura.
Na petição colocada online, sexta-feira, depois de Ivo Rosa ter decidido levar a julgamento José Sócrates por crimes de branqueamento de capitais e falsificação, deixando cair os crimes de corrupção de que estava indiciado, Vítor Miranda Neves pede o afastamento do imediato do juiz de instrução de toda a magistratura, por não ter “perfil, rigor e equidade” para exercer o cargo.
O autor do documento endereçado ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, e ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Joaquim Piçarra, sustenta ainda que Ivo Rosa praticou consecutivos erros judiciais lesivos do Estado. O peticionário lembra que a conduta do juiz já foi várias vezes posta em causa pelo Ministério Público, alegadamente por violar as leis.
Para Vítor Miranda Neves, a petição é o reflexo do descontentamento dos cidadãos referente aos sucessivos erros do sistema informático para atribuição de juiz à Operação Marquês, tendo esta precedido de vícios e a qual merece um sorteio sem erros informáticos”. Na petição adverte-se que Ivo Rosa não tem condições para ficar à frente do processo, por este exigir “o total esclarecimento e condenação, se ficar provado, de todos aqueles que lesaram Portugal e os portugueses”.
Esta não é a primeira vez que o autor da presente petição lança a subscrição pública um documento desta natureza contra Ivo Rosa. Em 2010, recorda que o juiz absolveu o denominado gangue do multibanco, um erro grosseiro e ostensivo, considerou depois o Tribunal da Relação, que mandou repetir o julgamento, tendo acabo por serem condenados seis dos 13 arguidos do caso.
Na petição também é lembrado que Ivo Rosa despronunciou o marroquino Abdessalem Tazi, suspeito de crimes de terrorismo, decisão revertida pela Relação que o condenou a 12 anos de prisão por recrutamento e financiamento de atos terroristas.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso