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Desporto, Sociedade

Depois de terem sido autorizadas a conduzir, as mulheres da Arábia Saudita participam num rali só para elas

Em 2017, deu-se um passo importante: as mulheres sauditas foram autorizadas a conduzir. Em 2022, essa autorização estendeu-se ao automobilismo, com o Rali Jameel, a primeira competição do género só para mulheres na Arábia Saudita.

19:42 5 Abril, 2022 | Expresso

Foi apenas em 2017 que as mulheres sauditas foram autorizadas a conduzir. Cinco anos mais tarde, em 2022, foi criado o Rali Jameel – que, em árabe, significa “belo” – prova exclusiva para pilotos do sexo feminino. No mês passado, as participantes aproveitam a rara ocasião para se divertirem e para chamarem a atenção para os direitos que ainda não garantiram.

A prova é disputada em pleno deserto, na tradição que deu início ao mítico Paris-Dakar. A existência de um evento destes é suficiente para celebrar mais uma conquista. “Chegar aqui e participar na primeira reunião de pilotos deu-me pele de galinha,” disse Atefa Saleh, de 41 anos, ao “New York Times”. Atefah é engenheira e natural dos Emirados Árabes Unidos.

Atefa tem como co-piloto alguém com mais experiência de condução, também habituada a ter mais direitos no geral. Eleanor Coker, de 48 anos, é uma norte-americana que vive na Arábia Saudita. Para se preparar para a prova, Coker aproveitou o que tinha à mão. “O meu filho chegou a casa, vindo da escola, e apanhou-me a jogar o Dakar na PlayStation dele”, disse a companheira de veículo de Saleh. Nada de inédito, diga-se. Até 2017, muitas mulheres sauditas praticavam a condução em jogos como Grand Theft Auto ou Gran Turismo, na rua é que não.

Diz o “New York Times” que há participantes de 15 países no Rali Jameel. Muitas das pilotos e copilotos vêm de territórios onde a igualdade de género está no bom caminho, nalguns casos bastante avançada. Reino Unido, Alemanha, Espanha, Suécia ou EUA são alguns dos exemplos, o que mostra que o Jameel conseguiu chamar a atenção em lugares bem longe das Arábias.

O percurso do rali excede os 1.100 quilómetros, sendo que 340 são disputados na areia. Cada carro tem instalado um computador próprio para este tipo de prova, que fornece a localização exata, via GPS, dos veículos e suas ocupantes, além de registar a velocidade que cada equipa atinge.

Poderá parecer estranho, tendo em conta a natureza da modalidade, mas a limitação de velocidade foi introduzida para que mais competidoras pudessem participar. Aliás, segundo o “NYT”, uma das prioridades era precisamente essa: atrair muitas mulheres que quisessem participar na corrida sem que tivessem experiência competitiva. Também os carros são iguais aos que podemos encontrar em qualquer rua de qualquer cidade e não os quase irreconhecíveis veículos transformados, habitualmente usados noutros ralis.

O jornal norte-americano falou com Manar Alesayi, uma das participantes. Alesayi é divorciada, mãe de dois adolescentes, e vive em Jeddah. O seu carro é um Jeep Wrangler, de 2016. O todo-o-terreno não é novidade para ela, a competição sim. “Foi uma realidade cruel para mim”, disse a piloto que terminou o primeiro dia em segundo lugar e, ao terceiro dia de prova, já era 13ª. “Pensei que estávamos a ir muito bem. Mas aprendi imenso”, confessou.

Alesayi admitiu também que costumava “roubar” o carro do pai, à noite, e conduzi-lo à volta da quinta. Nessa altura, as mulheres ainda não estavam autorizadas a conduzir nas ruas, muito menos em provas de rali.

Apesar de ter sido idealizado por um homem, Hassan Jameel, empresário e ele próprio piloto consagrado, o rali foi patrocinado pela Princesa Reema bint Bandar Al Saud, atual embaixadora saudita na capital dos Estados Unidos da América, Washington DC. A prova foi inspirada pelo Rebelle Rally, a mais longa competição de orientação dos EUA, também exclusivamente para mulheres.

  • Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL
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