Na luta contra as alterações climáticas, torna-se cada vez mais claro que os custos de não agirmos e de não mudarmos serão muito altos. Não falamos apenas de custos financeiros, mas também de custos naturais e humanos muito altos – como a extinção de ecossistemas ou o aumento de catástrofes naturais.
A prioridade de toda a ação da nova Comissão Europeia, sob a alçada da Presidente Ursula von der Leyen, é um novo modelo de crescimento. Um modelo que tome no seu centro o equilíbrio entre o desenvolvimento económico e o ambiente. Para nos guiar nesse caminho, foi adotado o Pacto Ecológico Europeu, que inclui mais de 50 medidas transversais – que tocam todos os setores – para que possamos tornar a Europa no primeiro continente neutro em carbono em 2050.
Existem várias evidências científicas de que, caso não respondamos de imediato à crise climática, os efeitos de deterioração do planeta – que já conseguimos sentir – se tornarão progressivamente mais devastadores: serão cada vez mais frequentes as situações de calor extremo, de seca ou escassez de água; multiplicar-se-ão os incêndios descontrolados, o número de espécies em extinção, os deslocamentos forçados de populações, as mortes prematuras. E nós, aqui em Portugal, sentimos estas mudanças.
O Pacto Ecológico Europeu incide em todos os domínios, nomeadamente a energia, os edifícios, a mobilidade e a indústria. Atualmente, a produção e o consumo de energia são responsáveis por 75% das emissões de gases com efeitos de estufa na UE. Duas das prioridades do Pacto Ecológico Europeu são a descarbonização do setor da energia, por via da substituição dos combustíveis fósseis pelas fontes de energia renováveis, e a diminuição do desperdício de energia, por via da renovação ou do reforço do isolamento dos edifícios.
Por sua vez, os meios de transporte, tanto públicos como privados, são responsáveis por 25% das emissões de gases com efeito de estufa na UE. Outra das prioridades do Pacto Ecológico Europeu é a aposta em meios de transporte mais limpos.
Finalmente, a indústria europeia é uma das maiores responsáveis pela produção de lixo e, em consequência, pela poluição do ar, do solo e do mar. O Pacto Ecológico Europeu visa incentivar a sua reconversão verde.
Qualquer uma destas medidas requererá, obviamente, um grande esforço de adaptação, sobretudo por parte das populações, empresas e regiões mais dependentes dos combustíveis fósseis, mas mecanismos como o Fundo de Transição Justa procurarão minimizar os custos desta transição, de forma a que ninguém seja deixado para trás.
Acima de tudo, importa perceber que temos de agir. E de agir depressa.
BREVES
Pacto ecológico Europeu – Como posso saber mais?
A Comissão Europeia, impulsionada pela voz coletiva de vários movimentos de jovens à escala mundial, propôs em janeiro último um plano significativo na luta contra as alterações climáticas e a conservação deste nosso único planeta.
O Pacto Ecológico Europeu (PEE) é movido por um objetivo ambicioso e urgente: ser o primeiro Continente a atingir neutralidade climática, até 2050. Este Green Deal prevê 7 domínios de intervenção: Energia limpa, Indústria sustentável, Construção e renovação, Mobilidade sustentável, Biodiversidade, «Do prado ao prato», Eliminação da poluição. Para melhor compreender o que é este Pacto, para que serve e a quem serve, a CE disponibilizou fichas informativas temáticas.
Para aceder às fichas basta clicar AQUI.
Semestre Europeu, Pacote de inverno
Criar uma economia ao serviço das pessoas e do planeta
O Semestre Europeu é um ciclo de coordenação das políticas económicas e orçamentais na UE. Faz parte do enquadramento de governação económica da União Europeia e é um plano apara 6 meses, daí a sua designação. Hoje em direto pode acompanhar-se a apresentação do Pacote de Inverno do #EuropeanSemester, inclui a publicação dos Relatórios por País dos Estados-Membros »
A Europa depois do BREXIT
A Europa fica mais pobre
Os Eurodeputatados deram as mãos e cantaram uma música de despedida escocesa. A 31 de janeiro73 eurodeputados ingleses deixam o PE. E o que vai acontecer aos 400.000 portugueses no Reino Unido e aos 23.000 britânicos em Portugal? Os New Europeans acenderam velas e fizeram uma vigília perto de Westminster, onde está a representação da UE em Londres, de forma a lembrar a necessidade de proteger os cidadãos dos europeus e britânicos. Nesse dia entraram em circulação, numa edição especial, três milhões de moedas de 50 pence, com a inscrição “Paz, prosperidade e amizade com todas as nações”! Esperemos que seja esse o espírito
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