A eterna rivalidade entre o Safari e o Google Chrome volta a ganhar destaque. A Apple decidiu reforçar a sua posição e emitir um alerta sobre o uso do browser da Google, alegando razões de segurança e privacidade. A mensagem é clara: nem todos os navegadores são iguais e há riscos que muitos ignoram.
O Safari vem instalado em todos os iPhones, mas isso não impede milhões de utilizadores de optarem pelo Chrome. Estima-se que cerca de 30% dos donos de iPhone escolham o browser da Google, seja como opção principal, seja como complemento ao Safari, de acordo com o portal especializado em tecnologia Pplware.
A preferência é fácil de compreender. O Chrome oferece uma integração completa com o ecossistema Google, adequada para quem usa Gmail, YouTube, Maps ou Drive. A sincronização de palavras-passe, histórico, favoritos e até métodos de pagamento torna a navegação fluida entre telemóvel, tablet e computador.
Além disso, o browser da Google continua a inovar com ferramentas que o Safari ainda não oferece. Entre elas, o Google Lens, que permite pesquisar através de imagens, e as novas funcionalidades da inteligência artificial Gemini, que atuam como assistente integrado, sugerindo respostas, pesquisas e atalhos personalizados.
Resposta da Apple: segurança acima de tudo
Do outro lado, a Apple defende que a sua recomendação não se baseia em preferência comercial, mas sim em fundamentos técnicos. A empresa recorda que o Safari foi criado para trabalhar em sintonia com o iOS, aproveitando todas as camadas de proteção do sistema operativo, refere a mesma fonte.
Segundo a marca, o Safari bloqueia de forma mais eficaz tentativas de rastreamento por parte de anunciantes e empresas externas, graças às chamadas funcionalidades “anti-rastreamento inteligentes”. Estas ferramentas limitam a recolha de dados sobre os hábitos de navegação dos utilizadores, algo que o Chrome, pela sua ligação à rede publicitária da Google, não consegue evitar completamente.
Privacidade no centro do debate
A Apple tem vindo a construir a sua imagem em torno da privacidade e da proteção de dados, tornando esse argumento num dos pilares da marca. Para a empresa, usar o Safari é garantir uma experiência mais segura, sem partilhar informações com terceiros.
Ao contrário do Chrome, que depende fortemente da personalização de anúncios, o Safari tenta reduzir ao mínimo o perfil digital criado a partir da navegação, de acordo com a mesma fonte. Para muitos utilizadores, esta diferença pode parecer subtil, mas é aqui que reside o cerne da disputa entre as duas gigantes tecnológicas.
Nem tudo é preto e branco
Apesar dos avisos da Apple, o Chrome mantém uma base de utilizadores fiel. Muitos preferem a rapidez do browser da Google e a integração com ferramentas do quotidiano. No entanto, a crescente preocupação com a privacidade digital tem levado parte dos utilizadores a reconsiderar as suas escolhas.
Especialistas citados pela mesma fonte recordam que, independentemente do browser escolhido, é essencial manter o software atualizado e usar boas práticas de segurança, tais como evitar redes Wi-Fi públicas e utilizar gestores de palavras-passe seguros.
Equilíbrio entre comodidade e proteção
No fundo, de acordo com o Pplware, a escolha entre o Safari e o Chrome resume-se àquilo que cada utilizador valoriza mais: conveniência ou privacidade. A Apple insiste que o seu browser é a opção mais segura para quem navega em iPhones. A Google, por sua vez, aposta na versatilidade e na experiência multiplataforma.
Leia também: GNR fecha restaurante no sul do país: saiba o que viram nestas 16 embalagens de congelados
















