Uma mulher submeteu-se a tratamentos contra um alegado cancro da pele, sem nunca ter tido cancro. Tal só foi possível porque os médicos fizeram um diagnóstico errado.
Megan Royle passou por nove séries de tratamentos após ter sido diagnosticada com cancro de pele em 2019. No entanto, dois anos mais tarde, ao mudar de casa e iniciar um acompanhamento num novo hospital, o erro no diagnóstico foi finalmente detectado.
“Eu passei dois anos a acreditar que tinha cancro, passei por todo o tratamento e depois foi-me dito que eu não tinha cancro algum”, explicou à BBC.
A história remonta a 2019, quando Megan detectou uma verruga na parte superior do braço que estava a crescer, causando-lhe comichão e formação de crostas. O seu médico de clínica geral encaminhou-a para uma consulta de dermatologia no Hospital Chelsea & Westminster, no Reino Unido. Após realizar uma biópsia e análises, os médicos comunicaram a Megan, que na altura tinha 29 anos, que tinha melanoma, um tipo de cancro de pele.
Após ser encaminhada para a unidade especializada em cancro do Hospital Royal Marsden, a sua biópsia foi reexaminada e, mais uma vez, confirmou-se que se tratava de um melanoma. Foi então submetida a tratamentos. Primeiro foi operada para remoção do tecido afetado, numa excisão com 2 cm de largura. Além disso, foi informada de que o tratamento subsequente de imunoterapia poderia ter um impacto na sua fertilidade, levando-a a optar por preservar os seus óvulos.
O erro no diagnóstico foi descoberto quando um novo hospital analisou o processo e exames realizados de Megan.
“É de se prever que a primeira emoção seria de alívio, e em certa medida foi, mas eu diria que as maiores emoções que senti foram frustração e raiva”, referiu ainda à BBC.
A mulher processou o hospital e recebeu uma indemnização. Um porta-voz do The Royal Marsden NHS Foundation Trust salientou que “queremos pedir as nossas sinceras desculpas a Megan Royle por toda a angústia causada pela sua experiência aos nossos cuidados”.
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