O executivo municipal de Lagos manifestou publicamente, na reunião de câmara de dia 17 de Agosto, a preocupação pela “bem patente falta de qualidade na prestação de serviços de saúde que estão a ser dispensados aos utentes do Hospital de Lagos”, instituição que serve que serve igualmente os municípios de Vila do Bispo e Aljezur.
De acordo com a presidente da câmara, Maria Joaquina Matos, o “direito à Saúde é, como todos sabemos, um dos direitos essenciais que a Constituição da República Portuguesa consagra e, infelizmente, a actual situação dos serviços de saúde prestados no Hospital de Lagos é cada vez mais dramática”.
Considerando esta situação a autarca propôs uma moção pela defesa da qualidade dos serviços de saúde prestados no concelho, aprovada por unanimidade pelo executivo da Câmara de Lagos.
A moção apresentada teve em conta vários pressupostos, nomeadamente o facto de a escala médica do Serviço de Urgência do Hospital de Lagos estar com inúmeros turnos em falta, ou de existirem dias em que o Serviço de Urgência só tem um médico, sendo que é esse mesmo médico que tem de fazer, simultaneamente, o acompanhamento dos doentes internados, e ainda de os doentes serem obrigados a aguardar várias horas para o atendimento, sendo que muitos vão-se embora à procura de outras respostas.
A autarquia defende que se trata de “uma situação insustentável, completamente injusta para as populações que destes serviços têm necessidade e que não se pode permitir que volte a repetir-se”.
“Na reunião pública ficou decidido, por um lado, manifestar ao Governo, com conhecimento ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e à ARS Algarve, a preocupação do município pela falta de qualidade da prestação de serviços de saúde que estão a ser dispensados aos utentes do Hospital de Lagos, o protesto e a não-aceitação do prosseguimento desta situação, e, por outro, exigir do Governo medidas urgentes que promovam a contratação dos profissionais de saúde necessários para colmatar o elevado número de utentes que não têm, em tempo útil, resposta nos serviços de saúde prestados no Hospital de Lagos”, garantiu a autarquia.