A Bulgária vai adotar o euro a 1 de janeiro de 2026 e tornar-se o 21.º país da zona euro, seguindo o caminho iniciado pela Croácia em 2023. A decisão encerra quase duas décadas de preparação e traz consigo um conjunto de novas moedas de euro que, segundo o site do CaixaBank, banco espanhol, vão manter uma forte ligação à iconografia nacional búlgara.
O Conselho da União Europeia fixou já a taxa de conversão da leva búlgara: 1 euro vale 1,95583 levas, um valor que, na prática, se aproxima das duas levas por euro, facilitando a transição para os cidadãos. A partir da entrada oficial, o alfabeto cirílico passará a juntar-se ao latino e ao grego nas moedas da zona euro, num marco simbólico para a integração do país.
Uma mudança de moeda com continuidade visual
De acordo com o CaixaBank, a Bulgária decidiu manter nas novas moedas os símbolos que já figuram nas atuais levas, opção justificada pela forte aceitação pública dos motivos tradicionais. Assim, todas as peças terão a inscrição “БЪЛГАРИЯ” (Bulgária) no anverso, acompanhada das designações cirílicas de “cêntimo” e “euro”, consoante o valor facial.
As moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos vão continuar a exibir o Cavaleiro de Madara, um monumento medieval escavado na rocha e classificado como Património Mundial da UNESCO. Já o 1 euro terá a efígie de São João de Rila, figura central da espiritualidade e cultura búlgaras, replicando quase integralmente o design da atual moeda de 1 leva.
A peça de 2 euros traz um rosto histórico
Nas moedas de 2 euros surgirá Paisio de Hilandar, monge do século XVIII e autor da primeira grande obra de historiografia búlgara. Segundo a mesma fonte, a inscrição no bordo, “БОЖЕ ПАЗИ БЪЛГАРИЯ” (“Deus Proteja a Bulgária”), será outra das particularidades que distingue este país dentro da união monetária.

Convivência temporária entre moedas poderá causar confusão
O CaixaBank alerta que as semelhanças entre as moedas atuais de 1 e 2 levas e as futuras moedas de 1 e 2 euros poderão gerar confusões durante o período de transição, sobretudo em janeiro de 2026, quando ambas ainda circularão. Os diâmetros, os metais e os pesos são bastante próximos, o que exigirá maior atenção dos consumidores.
Para minimizar dificuldades, os cidadãos poderão adquirir, a partir de 1 de dezembro, kits de iniciação com todas as moedas em euro, permitindo familiarização prévia com os novos modelos.
Próximos candidatos ao euro
A publicação recorda ainda que, depois da Bulgária, a Roménia deverá ser o país mais próximo de aderir, embora sem data definida. Outras nações, como Polónia, Hungria, Suécia ou República Checa, mantêm o compromisso formal, mas não apresentam horizonte temporal.
O reverso das moedas continuará igual em toda a zona euro
Tal como acontece nos restantes Estados-Membros, apenas o anverso das moedas é específico de cada país. O reverso, onde surge o valor facial, permanece comum a toda a zona euro e continuará a seguir o design criado por Luc Luycx, da Casa da Moeda da Bélgica.
















