Uma empresa britânica está a desenvolver cápsulas subaquáticas modulares que poderão permitir aos humanos viver no oceano durante períodos prolongados. A tecnologia poderá ser usada para investigação, turismo ou fins de segurança.
Habitat Vanguard chega já em 2025
A DEEP, empresa de tecnologia e exploração oceânica, anunciou que o primeiro habitat, chamado Vanguard, deverá ser lançado até ao final de 2025. Com 12 metros de comprimento e 7,5 metros de largura, terá capacidade para três ocupantes e será usado em missões até 100 metros de profundidade.
Primeiro passo para um modelo mais avançado
Este habitat será o ponto de partida para o Sentinel, um modelo maior com capacidade para seis pessoas e missões de até 28 dias a 200 metros de profundidade. O Sentinel incluirá espaços laboratoriais e uma “piscina lunar” que permitirá entrar e sair da água diretamente.
Objetivos científicos e militares
Além do potencial para investigação marinha, a empresa acredita que este tipo de habitat poderá interessar a marinhas de vários países, especialmente para a monitorização de infraestruturas submarinas críticas.
Cabos e condutas em risco
A DEEP destaca a importância estratégica das estruturas submarinas. Mais de 95% do tráfego da internet passa por cabos subaquáticos, além de condutas que transportam petróleo e gás, vulneráveis a sabotagem, explica a Euronews.
A sabotagem dos gasodutos Nord Stream em 2022 e os danos em cabos no Mar Báltico em 2024 são exemplos usados pela empresa para justificar a necessidade de mais vigilância subaquática.
Habitat modular e reutilizável
O Sentinel será construído com tecnologia de fabrico aditivo por arco de arame, semelhante a uma impressão 3D, que utiliza metal para criar uma estrutura resistente à pressão do oceano.
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Soluções de montagem tipo Lego
Os módulos do habitat são desenhados para poderem ser desmontados, transportados e montados de forma flexível, permitindo adaptar os espaços consoante a missão.
A DEEP afirma que, além de aplicações científicas e militares, estes habitats podem ser usados no futuro como atrações turísticas, semelhantes a aquários imersivos.
Investigação em tempo real
A infraestrutura permitirá aos cientistas recolher e analisar amostras marinhas no local, reduzindo a necessidade de transporte à superfície.
A empresa ambiciona criar no oceano o mesmo tipo de entusiasmo que a SpaceX gerou na exploração espacial, promovendo inovação no ambiente subaquático.
Embora o local de instalação inicial do Vanguard ainda não esteja definido, a DEEP está a negociar com possíveis interessados na Europa, Médio Oriente e América do Norte.
Viver no oceano como realidade futura
Segundo a empresa, viver no oceano poderá deixar de ser uma ideia de ficção científica para se tornar uma realidade nos próximos anos.
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