Neste país europeu, um número crescente de casais está a trocar a partilha de cama por noites separadas, e o motivo não é falta de amor, mas de descanso. O chamado “divórcio do sono” está a tornar-se cada vez mais comuns entre os britânicos, à medida que as diferenças nos horários de sono começam a afetar as relações.
De acordo com o jornal britânico The Mirror, cerca de 31% dos britânicos dormem em camas separadas, principalmente porque os seus horários de sono não coincidem. Em muitos casos, enquanto um parceiro tenta dormir, o outro continua acordado, um desfasamento que, a longo prazo, pode gerar tensão e discussões.
O estudo, conduzido pela empresa do mesmo país Blinds Direct, especializada em cortinas e soluções para o sono, envolveu dois mil adultos e procurou perceber como as rotinas noturnas influenciam o bem-estar e a vida em casal.
Impacto na relação e no descanso
Os resultados revelam que 15% dos inquiridos acreditam que manter o mesmo horário de sono os faz sentir mais ligados ao companheiro. Por outro lado, 20% das mulheres com privação de sono afirmaram que o parceiro interrompe o seu descanso na maioria das noites, uma percentagem bem superior aos 11% registados entre os homens.
O sono é, aliás, um tema sensível nas relações. O estudo indica que 18% das mulheres já discutiram com o parceiro por causa dos diferentes horários para se deitarem, contra apenas 8% dos homens, refere a mesma fonte.
Dormir separados não é sinal de separação
A ideia de dormir em camas diferentes costuma ser vista como um mau presságio para o casal, mas a tendência britânica mostra o contrário. Muitos casais afirmam que dormir em quartos distintos é, na verdade, uma forma de preservar a harmonia e evitar conflitos.
Segundo a especialista em tendências Ana Zuravliova, “um ‘divórcio’ por causa do sono nem sempre é algo mau. Para casais com rotinas diferentes, dormir em camas separadas pode ajudar ambos a sentirem-se mais descansados, reduzir discussões e até fortalecer a relação”.
Perfil dos “madrugadores” britânicos
O estudo revela ainda que o Reino Unido é um país de madrugadores. Cerca de seis em cada dez pessoas (60%) dizem ser mais produtivas pela manhã, enquanto 42% afirmam render melhor à noite, refere a mesma fonte. Entre os que se levantam cedo, 28% garantem sentir-se mais felizes e 42% acreditam que esse hábito tem um impacto positivo na saúde física e mental.
Quando as rotinas não batem certo
Para quem vive uma relação com horários desencontrados, Ana Zuravliova deixa três conselhos simples para manter o equilíbrio entre o descanso e a vida a dois.
- Criar um ritual noturno conjunto: mesmo que os horários sejam diferentes, reservar 30 a 60 minutos de partilha antes de dormir, seja para conversar, ler ou relaxar, ajuda a reforçar a ligação emocional;
- Investir num ambiente de sono ideal: recorrer a cortinas opacas, ruído branco ou máscaras de dormir pode minimizar as perturbações quando um dos parceiros se levanta mais cedo ou fica acordado até tarde;
- Considerar o “divórcio do sono”: em alguns casos, dormir em camas separadas algumas noites por semana pode melhorar significativamente a qualidade do descanso e reduzir o stress.
Longe de ser um sinal de afastamento, o “divórcio do sono” está a ganhar popularidade como solução prática para casais que valorizam tanto o descanso como a relação, de acordo com o The Mirror. No fim de contas, o segredo pode estar em dormir separados… para acordar juntos e mais felizes.
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