Desde que junho começou, a TAP cancelou 46 voos e atrasou outros 76 por falta de técnicos de manutenção, avança o “Jornal de Negócios”. Citando o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema), o jornal adianta que os números deverão subir em julho e agosto pois há “pelo menos, por semana, um técnico a sair”, por causa dos cortes e dos baixos salários.
O presidente da direção do Sitema, Paulo Manso, alertou que as saídas não têm vindo a ser substituídas e que tal implica custos acrescidos à TAP. Desde novembro de 2021 já saíram, no total, 172 técnicos, quer por despedimento, por acordo ou por não renovação de contrato.
Assim, se em 2019 a TAP contava com 940 técnicos para 90 aeronaves, hoje, segundo Paulo Manso, o número ronda os 800 técnicos de manutenção para 76 aviões. Ou seja, menos de 1,2 técnicos por aeronave, o que fica muito abaixo da média internacional de 3,2.
A TAP disse ao “Jornal de Negócios” que, além dos atuais técnicos, tem, também, “outros técnicos de outras categorias profissionais para prestar serviços de manutenção” e que recorre a “outras organizações de manutenção certificadas” fora da companhia. Quanto aos números de saída a TAP fala apenas em 20 técnicos desde janeiro.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL