O mercado de arrendamento em Portugal continua a encarecer, com os preços a registarem um aumento de 4,9% em novembro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o índice de preços do Idealista, o valor mediano situa-se agora nos 16,1 euros por metro quadrado (€/m²). Apesar deste crescimento anual, os dados revelam um ligeiro alívio trimestral, com uma descida de 1%. Veja as cidades com as rendas mais caras e mais acessíveis.
Lisboa e Porto dominam o ranking das cidades mais caras
Lisboa mantém-se como a cidade mais onerosa para arrendar uma casa, com preços a atingirem os 21,9 €/m². O Porto surge na segunda posição, com um custo médio de 17,6 €/m², seguido de Setúbal, onde o arrendamento custa, em média, 12,4 €/m².
Em contraste, Castelo Branco (6,9 €/m²), Viseu (7 €/m²) e Leiria (8,1 €/m²) destacam-se como as cidades com rendas mais económicas para quem procura casa.
Maiores aumentos em Santarém e Braga
No último ano, Santarém liderou as subidas de preço, com um aumento expressivo de 15,4%. Braga e Coimbra completam o pódio, registando subidas de 11,8% e 10%, respetivamente. Por outro lado, Aveiro foi a única cidade onde se verificou uma descida no preço das rendas, com uma redução de 2,3%. Évora permaneceu estável, com uma variação mínima de -0,5%.
Beja regista descida, mas Portalegre lidera subidas
Entre os distritos analisados, Beja foi o único a registar uma quebra nos preços das rendas (-1,7%). Em contrapartida, Portalegre viu os valores dispararem 24,3%, tornando-se o distrito com o maior aumento percentual. Vila Real (19,5%) e a Região Autónoma da Madeira (18%) também registaram subidas significativas.
Distribuição regional: Lisboa e Algarve no topo, Centro e Alentejo mais acessíveis
Lisboa continua a ser o distrito mais caro para arrendar, com preços médios de 19,9 €/m². Porto (15,5 €/m²) e Madeira (15,1 €/m²) seguem de perto. No outro extremo, Portalegre (6,9 €/m²) e Castelo Branco (7,1 €/m²) apresentam as rendas mais acessíveis do país.
Entre as regiões, a Área Metropolitana de Lisboa lidera como a mais cara (19,3 €/m²), enquanto o Centro (9,3 €/m²) e o Alentejo (10,3 €/m²) se destacam pela maior acessibilidade. A Região Autónoma da Madeira foi a que mais viu os preços crescerem no último ano, com um aumento de 17,5%, seguida pelo Algarve (9,3%) e pelo Alentejo (8,2%).
Perspetivas para o futuro
O mercado de arrendamento em Portugal mantém-se pressionado por uma procura elevada e uma oferta limitada, sobretudo nas zonas urbanas. As disparidades regionais continuam a acentuar-se, com as áreas metropolitanas a registarem preços muito acima da média nacional, enquanto as regiões do interior mantêm valores mais acessíveis, mas com menor dinamismo no mercado.
Esta tendência do estudo do Idealista reflete não só os desafios socioeconómicos do país, mas também a urgência de medidas que promovam a acessibilidade habitacional e a diversificação da oferta de imóveis. O comportamento do mercado nos próximos meses será determinante para perceber até que ponto a ligeira descida trimestral poderá representar um alívio para os inquilinos ou se será apenas um intervalo temporário numa escalada de preços que já dura há anos.
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