Os principais grupos hoteleiros algarvios, a braços com uma complicada falta de trabalhadores para o verão, queixam-se de não estarem a conseguir trazer mão de obra do estrangeiro devido à burocracia.
Ao Governo e às autarquias apelam para que cedam terrenos onde as empresas possam construir habitação a custos controlados, de forma a assegurar alojamento para quem queira trabalhar na região.
Esgotadas as tentativas de recrutamento dentro de portas, o grupo Pestana fez contactos para trazer para Portugal cerca de uma centena de trabalhadores de dois países da CPLP, mas o negócio esbarrou na burocracia. Também os seis hotéis do grupo Tivoli no Algarve esperam ir buscar trabalhadores de algumas das suas unidades na Ásia.
O Ministério da Economia garante que estão a ser implementados esforços para a agilização de atribuição de vistos, incluindo a desmaterialização e digitalização dos postos consulares.
O encerramento dos hotéis durante a pandemia levou muitos trabalhadores a abandonarem o setor ou a deixar o país. Os sindicatos dizem que as condições de trabalho oferecidas atraem cada vez menos trabalhadores.
Os hoteleiros, no entanto, garantem que as empresas têm dado aumentos salariais na ordem dos 5% aos 25% e outras regalias, como por exemplo, alojamento.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL