A guerra na Ucrânia fez disparar os valores dos alimentos. Desde o seu começo que a DECO Proteste monitoriza o preço dos bens alimentares. Segundo dados divulgados, esta quinta-feira, pela organização de defesa do consumidor o azeite e a laranja foram os alimentos que mais aumentaram de preço nesse período, “com subidas acima de 90% até 18 de outubro deste ano”.
Um cabaz alimentar com 63 bens essenciais custava 220,73 euros esta quarta-feira.
“De acordo com as contas da DECO Proteste, trata-se de uma subida de 6,43 euros (mais 3%) em comparação com o período homólogo. Se compararmos o preço do mesmo cabaz com o valor que este registava a 23 de fevereiro de 2022, um dia antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a subida foi de 37,10 euros (mais 20,2%)”, lê-se.
O azeite e a laranja foram os produtos que mais aumentaram desde o início da guerra, “com subidas acima de 90% até 18 de outubro deste ano. Uma garrafa de 75 centilitros de azeite custava, a 18 de outubro, em média, 9,03 euros, mais 4,38 euros do que na véspera do início da guerra. Já um quilo de laranjas aumentou 98 cêntimos desde então, para 2,05 euros”, refere a DECO Proteste.
Quando comparamos o custo do cabaz alimentar em 18 de outubro deste ano com o valor que apresentava na primeira semana de 2023, verificamos um aumento de 1,32 euros. A DECO Proteste recorda que este cabaz alimentar alcançou o seu pico máximo em 15 de março, atingindo o valor de 234,84 euros.
“Contudo, a 18 de abril, com a entrada em vigor do IVA zero, que abrange 41 dos 63 alimentos incluídos neste cabaz, verificou-se uma descida e estabilização no custo do cabaz. Essa tendência parece, no entanto, ter sido revertida em meados de setembro, altura em que o preço total do cabaz voltou às subidas, ultrapassando o valor registado no início do ano”, finaliza a organização.
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