O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, concordou hoje que os titulares de cargos políticos “devem constar das prioridades” de vacinação contra a covid-19 e rejeitou a “cedência à demagogia e ao politicamente correto”.
Numa nota enviada à Lusa, José Luís Carneiro sublinhou que o PS “entende que os titulares de órgãos de soberania, em função de critérios de hierarquia funcional, devem constar das prioridades” de vacinação contra o SARS-CoV-2.
O secretário-geral adjunto socialista acrescentou que os autarcas “com responsabilidades diretas na proteção civil municipal e com especial papel na campanha de vacinação” também têm de ser incluídos, tendo em conta o “fator de segurança na decisão de proteção e apoio às populações”.
“Em matérias de saúde pública e funcionamento do Estado de direito não pode haver cedência à demagogia e ao politicamente correto. Esta é a decisão que se impunha por imperativo de Estado e por razões de saúde pública”, frisou o dirigente socialista.
Os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários da Assembleia da República, membros dos órgãos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assim como presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira pelo primeiro-ministro e a que o Diário de Notícias teve acesso, também a Provedora da Justiça, os elementos do Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público também vão estar incluídos na vacinação que tem início na primeira semana de fevereiro.
A pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2 provocou 291 mortes e 10.765 infeções nas últimas 24 horas.
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