O Governo português decidiu não aplicar um travão ao aumento de renda das casas em 2024, permitindo aos senhorios aumentar os valores em até 6,94%. Essa decisão levanta preocupações para inquilinos que temem encargos financeiros adicionais.
Neste artigo, exploraremos o impacto desses aumentos em diferentes níveis de renda e destacaremos as medidas que o Governo, enunciadas pelo Notícias ao Minuto, está a implementar para ajudar os inquilinos a enfrentar este desafio.
Aumentos das rendas para 2024 em números (exemplos)
Os aumentos de renda variam de acordo com o valor da renda atual. Aqui estão alguns cálculos que ilustram o impacto em diferentes situações:
- Para uma renda de 300 euros, o aumento será superior a 20 euros, elevando a renda para 320,82 euros.
- Para uma renda de 500 euros, o acréscimo será de 34,70 euros, totalizando 534,70 euros.
- Em uma renda de 750 euros, o aumento ultrapassa os 52 euros, resultando em uma renda de 802,05 euros.
- Para quem paga uma renda de 1.000 euros, o aumento representa mais de 69 euros, atingindo um total de 1.069,40 euros.
- Em casos de rendas de 1.500 euros, o aumento supera os 100 euros, elevando a renda para 1.604,10 euros.
Medidas de apoio aos inquilinos
Em resposta a estes aumentos, o Governo implementou duas medidas para ajudar os inquilinos:
Estado comparticipa dois terços do aumento nas rendas:
O Estado irá comparticipar mais de dois terços (4,94%) do aumento das rendas para os agregados familiares que se enquadram até ao 6.º escalão de IRS, ou seja, aqueles com taxas de esforço superiores a 35%. Isso significa que esses inquilinos só suportarão 2% do acréscimo, em vez dos 6,94% previstos por lei. Essa medida visa aliviar a carga financeira sobre os agregados com menor capacidade de pagamento.
Dedução fiscal aumenta 10% para todos os inquilinos:
Também o limite da dedução fiscal com rendas aumentará de 502 euros por ano para 550 euros, o que absorverá parte dos aumentos de renda e proporcionará algum alívio fiscal a todos os inquilinos.
Os aumentos de rendas em 2024 representam um desafio financeiro para muitos inquilinos em Portugal. No entanto, o Governo implementou medidas para atenuar esse impacto, garantindo que as famílias em maior esforço não sejam sobrecarregadas com acréscimos significativos.
As medidas de comparticipação do Estado e o aumento da dedução fiscal buscam proporcionar alguma estabilidade financeira durante esse período de transição. Devem os inquilinos estar cientes destas medidas e que as utilizem conforme necessário para enfrentar os aumentos de rendas.
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