A FATACIL (Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa) reabre na sexta-feira após dois anos de ausência devido à pandemia, apostando na animação musical, no setor equestre ou nos vinhos e gastronomia para superar os 196.800 visitantes de 2019, disse o presidente da Câmara Municipal de Lagoa à Lusa.
Questionado sobre o investimento necessário para organizar uma feira de 10 dias, Luís Encarnação respondeu que a “FATACIL não foi pensada para dar lucro”, traz “dinamização à economia do concelho” e, na última edição, teve um “custo para o município de 200.000 euros”, depois de um investimento total de um milhão de euros e receitas que chegaram aos 80.000 euros.
Ano de 2019 bateu todos os recordes
Luís Encarnação afirmou que a FATACIL “bateu todos os recordes em 2019”, quer de visitantes, quer de receitas, quer ainda de número de acessos num dia, e a organização, a cargo do município algarvio, “tem as expectativas altas” e “trabalha para melhorar sempre os registos da edição anterior”.
O evento, que se prolonga até 28 de agosto, tem um caráter “generalista” e “virado para as famílias”, contando com “cerca de 700 expositores”, um novo palco junto ao renovado ‘stand’ do município e um recinto com uma área de 10.000 metros quadrados, que permitirá aumentar de 20.000 para 28.000 a lotação, destacou o autarca de Lagoa.
Música e setor equestre nos destaques
“Vamos continuar a ter um excelente cartaz musical, que no fundo é uma importante âncora da feira”, assinalou o presidente da autarquia, referindo-se a artistas como Expensive Soul, João Pedro Pais, Resistência, Quim Barreiros, Fernando Daniel ou Tony Carreira.
Luís Encarnação frisou ainda que, no “setor equestre”, vai haver um “show polaco” que permitirá “manter a tradição de ter sempre uma estreia em solo nacional” e uma “forte aposta no setor equestre”, que classificou como “outra âncora muito importante da FATACIL”.
“Vamos continuar a apostar na gastronomia e nos vinhos, vamos ter – e isso sim, será uma novidade – um novo ‘stand’ do município, naquela zona de ‘lounge’, onde vamos ter uma nova área, com ‘design’ novo, mas com o mesmo propósito de continuarmos a promover os vinhos de Lagoa e do Algarve”, adiantou.
Palco 2 sempre com artistas locais
Outra novidade passa pela criação do “palco 2, o palco Lagoa, sempre com artistas locais”, que vão substituir os “apontamentos diários do rancho folclórico” que aconteceram em edições anteriores, “antes do espetáculo principal”, acrescentou.
O presidente do município de Lagoa referiu também que “a animação de rua vai continuar” e haverá “um aumento considerável dos expositores de artesanato”, assim como “um aumento significativo das máquinas industriais e dos automóveis, que é um setor também muito importante” na FATACIL.
Expectativas são elevadas
O autarca deixou uma mensagem aos interessados em visitar a FATACIL para que, “por questões de comodidade, adquiram os bilhetes pelos meios ‘online’, se puderem”, porque permitem um “acesso fácil” e “chegar a qualquer porta e aceder ao recinto da feira”, a partir de um dos 11 parques de estacionamento disponíveis, sublinhou.
“As expectativas são elevadas, o nosso objetivo – e é lema das nossas equipas que organizam a FATACIL – é fazer sempre a melhor FATACIL de sempre”, definiu ainda o autarca, que disse quer “melhorar os números de 2019”, ano em que “foram batidos todos os recordes”.
“Ficámos muito perto dos 200.000 visitantes, foram 196.800, tivemos a maior receita de bilheteira de sempre, que ultrapassou o meio milhão de euros, e tivemos o dia com a maior enchente de pessoas. Fomos sempre batendo recordes sucessivos e a nossa expectativa é que nesta edição de 2022 possamos ultrapassar esse sucesso enorme que foi a FATACIL de 2019”, quantificou.
Luís Encarnação reconheceu que “não vai ser fácil”, mas reiterou que a feira “procura estar sempre em crescendo” para “continuar a levar o nome de Lagoa, o nome do Algarve, por todo o país e pelo estrangeiro”.
À margem da inauguração da 41.ª edição da FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria, o governante assinalou que Portugal mantém contactos com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), “para reforçar o acordo de mobilidade” de cidadãos desses países.