A iniciativa “Noites com o Património” está de volta e o Museu Municipal de Loulé tem uma proposta cultural imperdível para os meses de julho e agosto: uma visita aos Banhos Islâmicos e Casa Senhorial dos Barreto, local que congrega dois momentos históricos de grande valor patrimonial e simbólico para a cidade, recentemente classificado como Monumento Nacional.
Todos os sábados, entre as 10:00 e as 23:00, o público poderá conhecer este espaço museológico, que revela as marcas da presença islâmica e da nobreza em Loulé.
A iniciativa inclui igualmente, às 21:00, visitas temáticas orientadas realizadas por técnicos do Museu, que abordarão diversos aspetos relacionados com a história, a museografia, a arqueologia ou a conservação e restauro deste património.
As temáticas programadas para o mês de julho são as seguintes: “Pedra sobre Pedra. A Arqueologia de Dois Monumentos”, por Rui de Almeida (dia 15); “Conservação e Restauro de Bens Arqueológicos”, por Rita Vaza (dia 22); e “Banhos Islâmicos e Casa Senhorial dos Barreto – Espaços Arqueológicos”, por Margarida Marques (dia 29).
Os Banhos Islâmicos e Casa Senhorial dos Barreto são testemunhos únicos da história e da cultura de Loulé, que o Museu Municipal pretende valorizar e divulgar.
Esta iniciativa é de participação gratuita. Mais informações através do telefone 289 400 953.
Espaço foi adquirido pela Câmara Municipal de Loulé em 2006
No local onde hoje se localiza o espaço museológico dos Banhos Islâmicos de Loulé e Casa Senhorial dos Barreto existia um edifício, quase arruinado, aparentemente uma casa comum. Foi adquirido pela Câmara Municipal de Loulé em 2006 e assim começou a ser escrita a história do espaço museológico.
O edifício escondia dois grandes segredos, esquecidos entre as paredes. O primeiro, as estruturas reutilizadas de uma casa do século XV, cujo estudo revelou ter pertencido à família Barreto, senhores do Morgado de Quarteira e alcaides de Loulé.
O segundo, oculto sob os pavimentos e alicerces desta casa senhorial, e soterrado por várias centenas de metros cúbicos de terra, era um bem preservado complexo de banhos públicos de época islâmica (hammam), construído encostado à muralha da mesma época.