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O I Colóquio Internacional “Marés de Histórias” realizou-se pela primeira vez a Sul do Tejo, e congregou representantes das áreas que melhor se cruzam com os princípios e os objetivos dos organizadores: a intervenção científico-pedagógica, a formação cívica, o empreendedorismo social e a ação mediática.
Realizado hoje no Salão Nobre da Câmara Municipal de Faro e no Centro de Ciência Viva do Algarve e coorganizado pela instituição de solidariedade social Ajudaris e pelo Centro Ciência Viva do Algarve, o colóquio foi acreditado pelo Centro de Formação de Ria Formosa com a duração de 6 horas, e contou com o apoio da Universidade do Algarve, da Câmara Municipal do Faro e da Região de Turismo do Algarve.
O evento está igualmente inserido no Programa Media Veritas, promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa (API), que tem como objetivo fomentar, em todo o território de Portugal (incluindo as Regiões Autónomas), a literacia dos media junto das comunidades mais vulneráveis. Financiado pela Fundação Tides, o programa promove a luta contra a iliteracia mediática, desinformação e manipulação jornalística, procurando criar uma base que permita dar continuidade ao desenvolvimento deste projeto.
O colóquio tomou início às 9 horas, tendo a sessão de abertura contado com a diretora do Centro Ciência Viva do Algarve, Cristina Veiga Pires, a presidente da direção e fundadora da Ajudaris, Rosa Mendes, a vice-reitora da Universidade do Algarve, Ana Freitas, e terminado com o presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, dizendo que “nós temos a grande vantagem, mas também a grande responsabilidade de ter um associativismo muito forte no concelho. Temos entre associações, clubes desportivos, culturais e associações de juventude. Temos mais de 200 entidades no concelho, o que de alguma forma denota um grande dinamismo da sociedade civil, mas isso não quer dizer que consigamos abarcar todas as valências necessárias”.
Acrescentou, ainda, que “estas parcerias com outras IPSS’s, que não estão sediadas e que não têm origem no concelho de Faro fazem todo o sentido e são muito importantes. Espero que ao participar neste dia, saiam daqui com novas ideias e novos projetos, que aprendam mais com os outros e que adaptem as suas realidades, ideias e projetos com os outros”.
Vários os convidados participaram nas diversas talks
Durante o período da manhã, foram vários os convidados que participaram nas diversas talks, na medida em que a Conferência Inaugural contou com Rui Ramos como orador, que abordou o tema contar histórias e o poder das mesmas. Como presidente de mesa nesta conferência esteve presente Paulo Santos, vive-presidente do Município de Faro.
Seguidamente, a Conferência Tecnologias da Educação, teve em mesa Mauro Figueiredo, professor na Universidade do Algarve, que focou temas como: as vantagens da tecnologia na educação, a aprendizagem móvel competências do século XXI, a forma de dar aulas e o desafio do século XXI nas escolas. Como presidente de mesa esteve Mirian Tavares, professora na Universidade do Algarve.
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A palestra tomou continuidade com João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, que desenvolve trabalhos da área do combate à iliteracia dos media, apresentando pela primeira vez no Algarve, o programa Media Veritas.
João Palmeiro começou por dizer que “sem jornais não há história, porque sem jornais o nosso conhecimento coletivo não fica preparado para receber as novidades sobre essas histórias”, desta forma, deu abertura para as seguintes temáticas: jornais centenários, a liberdade de imprensa, fake news, regulamentação geral de proteção de dados e manipulação.
Para terminar a manhã, deram-se mais duas conferências. Boas Práticas da Ajudaris ao Sul presidida por Rute Monteiro, professora na Universidade do Algarve, e Ultrapassar Barreiras nos Processos de Leitura e da Escrita presidida por Anabela Baptista, com os oradores Márcia Diogo Saraiva, professora solidária do Agrupamento de Escolas de Albufeira, e Júlio Antão, ilustrador solidário, e Joana Sarmento Moreira, respetivamente.
Apesar da “agenda cheia” da manhã, ainda houve tempo para um magnífico momento musical que coube ao Conservatório Regional do Algarve Maria Campina.
Durante a tarde, os participantes puderam participar num dos três workshops, que se realizaram nas instalações do Centro Ciência Viva do Algarve.
(Eunice Silva / Henrique Dias Freire)