Todos os cidadãos europeus que pretendam viajar para este país terão de solicitar uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA). Esta medida surge no âmbito do reforço da segurança das fronteiras britânicas e já se aplica a visitantes de vários países fora da União Europeia que não necessitam de visto.
Como solicitar a Autorização Eletrónica de Viagem
A obrigatoriedade da ETA para visitar o Reino Unido abrange cidadãos de cerca de trinta países europeus, incluindo todos os Estados-membros da União Europeia, à exceção da Irlanda. O pedido pode ser realizado de forma simples através da aplicação ‘UK ETA’ ou do site oficial do governo britânico.
Taxas e validade da ETA
O processo de solicitação, segundo o Ministério da Administração Interna do Reino Unido, é rápido e deve demorar apenas alguns minutos. Atualmente, a taxa para obter a autorização é de 10 libras esterlinas (cerca de 12 euros), mas o governo britânico já anunciou a intenção de aumentar este valor para 16 libras em data ainda por definir.
Com a ETA, os visitantes poderão permanecer no Reino Unido por um período máximo de seis meses. A autorização tem uma validade de dois anos e permite múltiplas entradas no país durante esse período. No entanto, caso o passaporte seja renovado, será necessário obter uma nova ETA.
Segundo o Ekonomista, o sistema de autorização eletrónica foi introduzido em 2023 com o intuito de “proteger as fronteiras” e modernizar o controlo de imigração através da digitalização. Esta nova exigência aplica-se a turistas, viajantes em negócios e outras visitas de curta duração, alterando a dinâmica de entrada para muitos europeus.
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Impacto do Brexit na circulação entre europeus
A decisão insere-se no contexto das mudanças implementadas pelo Reino Unido após o Brexit. Antes da saída da União Europeia, os cidadãos europeus podiam entrar e circular livremente no país sem necessidade de qualquer autorização prévia.
Com a separação entre o Reino Unido e o bloco europeu, foram adotadas novas regras para controlar a entrada de estrangeiros. A introdução da ETA representa mais um passo na reformulação da política migratória britânica e na restrição da livre circulação entre o Reino Unido e a União Europeia.
A medida exige que os viajantes planeiem as suas deslocações com maior antecedência, uma vez que sem a ETA válida poderão ver a sua entrada recusada. Este novo requisito pode impactar setores como o turismo e os negócios, uma vez que viagens de última hora poderão tornar-se mais complicadas.
Entradas temporárias
Apesar da nova exigência, a ETA não equivale a um visto e continua a permitir entradas temporárias sem necessidade de um processo burocrático mais extenso. O objetivo principal é garantir um maior controlo sobre os visitantes que não necessitam de visto para o Reino Unido.
Com esta mudança, cidadãos europeus passarão a estar sujeitos a um procedimento que até agora era reservado a países fora da União Europeia. Para quem viaja frequentemente para o Reino Unido, a adaptação a este novo sistema será essencial.
Possíveis impactos futuros nas viagens
Especialistas alertam que a implementação desta autorização poderá ser apenas o início de um processo de endurecimento das políticas migratórias britânicas. O governo britânico não exclui a possibilidade de futuras restrições que possam vir a afetar ainda mais os viajantes europeus.
Perante este novo cenário, será fundamental que os cidadãos europeus se informem sobre os requisitos necessários para entrar no Reino Unido e se preparem com antecedência para evitar complicações nas suas viagens.
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