

A construção do Crematório Municipal de Faro está concluído e o equipamento encontra-se, a partir de hoje, oficialmente aberto, após a cerimónia realizada no Novo Cemitério de Faro, presidida por Rogério Bacalhau, presidente da autarquia.
Passaram 11 meses de obra e mais de uma década de tramitação jurídica e administrativa, mas o projeto está oficialmente concluído. O presidente da Câmara Municipal de Faro começou por dizer que o projeto vem “com atraso de 10 anos”, mas explicou que era tempo de aproveitar “o tempo perdido”.
Durante a visita, que contou com a presença do POSTAL, foi explicado que o crematório está equipado com dois fornos: um para as cremações funerárias e um forno pirolítico para queimar resíduos associados aos enterramentos, como flores e restos de urnas. As principais valências de apoio ao serviço de cremação incluem receção, sala de estar, cafetaria, capela ecuménica, sala, sala de última despedida, tanatopraxia e jardim da memória/cendrário.
A sala da última despedida é um elemento diferenciador deste equipamento, que vem servir toda a população do sotavento algarvio e central. Esta valência permite aos familiares acompanharem até ao último momento o seu familiar ou amigo, uma vez que torna possível visualizar a entrada da urna no forno, pela sala adjacente e através de uma janela em vidro (cuja cortina se fecha quando a cerimónia termina) ou a partir de um ecrã LCD, instalado na capela.
Paulo Moniz Carreira, diretor geral de negócio da Servilusa, revela que a sala da despedida permite uma “transformação do processo, tornando-o mais íntimo, transparente e credível, tal como acontece na sepultura num cemitério. Isso faz com que a família se sinta mais segura e confortável”.
Nos termos do contrato de concessão, que tem a duração de 30 anos, a câmara de Faro vai receber 1700 euros por mês pela ocupação do terreno e um por cento do valor de cada cremação, tendo sido garantido um desconto significativo para os munícipes do concelho – os residentes em Faro pagarão 258 euros por cremação, enquanto os não residentes pagarão 309 euros. As ossadas terão um custo de 180 euros.
Com a edificação deste equipamento, que custou à entidade concessionária um investimento de 1,16 milhões de euros, coloca-se termo a um longo processo que tramitava já desde 2011, tendo a adjudicação definitiva sido assinada a 14 de Junho de 2019 com a Servilusa – Agências Funerárias S.A. e FPC Construções Lda.
Durante a cerimónia, o diretor geral de negócio da Servilusa destacou ainda que “com este investimento da Servilusa dá continuidade ao seu plano de expansão na área da cremação, crescente em Portugal, cumprindo igualmente o desígnio histórico de contribuir para o desenvolvimento do setor e das comunidades onde opera”.
Rogério Bacalhau considerou que o novo crematório representa um desenvolvimento importante no que respeita à gestão dos espaços cemiteriais e permite dar uma melhor resposta às necessidades de Faro e do Algarve. O autarca lembra mesmo “que a população há muito que pedia esta valência e era difícil explicar como estivemos tantos anos sem esta resposta”.
Por outro lado, assume que “o novo crematório representa também um desenvolvimento importante no que respeita à gestão dos espaços cemiteriais do concelho e permite-nos dar uma melhor resposta às necessidades de Faro e de todo o Sotavento, sem esquecer os muitos residentes estrangeiros que têm revelado grande procura deste serviço”.
Durante a sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Faro enalteceu o projeto e explicou ainda que “parte da população do Alentejo, quem sabe, pode deslocar-se mais rapidamente a Faro do que a Lisboa ou a Elvas”. O dia ficou marcado “pela disponibilização deste serviço a quem realmente o deseja”.
Segundo a empresa concessionária, “Portugal, que regista uma taxa média aproximada 20% de funerais com cremação (e mais de 50% em Lisboa!), fica agora com 32 crematórios, 28 dos quais instalados no continente”.
Juntamente com os restantes crematórios já sob gestão da Servilusa, (Cascais, Elvas, Figueira da Foz, Leiria, Porto, Póvoa de Santa Iria e Rio de Mouro) “esta inauguração na capital do Algarve reforça a liderança da Servilusa na gestão de crematórios, agora com oito unidades em operação”.
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