A Associação Terra Irmã, recentemente criada em Faro, tem como objetivo promover intercâmbios culturais, bem como o empreendedorismo social e ambiental, privilegiando a cooperação com países, sobretudo de língua oficial portuguesa, afirmou o presidente da entidade.
Em declarações à agência Lusa, Paul Azevedo explicou que trabalhou nos últimos anos em África, com a Fundação da Criança e Juventude de São Tomé e Príncipe, experiência da qual resultou uma colaboração com parceiros portugueses, como a Universidade do Algarve e a Câmara Municipal de Faro. Essa ligação serviu de base à criação, em junho passado, da Terra Irmã.
Segundo o responsável, “a intenção é criarmos uma plataforma em Portugal e, especificamente em Faro, para um intercâmbio focado nas artes e na cultura”, mas “também na diplomacia e no empreendedorismo social e ambiental”. Azevedo pretende consolidar a experiência adquirida em África, centrando a atuação da associação em áreas como as artes, a música, a sustentabilidade e a preservação ambiental.
O presidente sublinhou que a intenção é “ter um pé na Europa e um pé em África”, promovendo um intercâmbio capaz de fomentar a “colaboração, o desenvolvimento e a sustentabilidade”, tendo como “elo comum” a lusofonia.
O primeiro passo foi atrair profissionais com competências de “excelência” nas suas áreas, “a nível nacional e também internacional”. Entre eles, destaca-se a presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lídia Neves, referida como uma especialista reconhecida na área da propriedade intelectual e do direito industrial.
A equipa, composta por membros com competências em cultura, relações públicas, arte e design, informática e inteligência artificial, integra “portugueses, angolanos, ucranianos”, tem uma presença maioritariamente feminina e reúne, segundo o presidente, “competência e valências” essenciais ao trabalho que pretendem desenvolver.
Paul Azevedo justificou ainda a escolha de Faro como base da associação, referindo que “estes fóruns […] são feitos predominantemente em Lisboa e nas grandes cidades, o Algarve acaba por ser muitas vezes, e Faro é a capital regional, temos um aeroporto internacional, eu e sou daqui, então quis também criar uma plataforma em Faro”.
A Terra Irmã conta já com parcerias “estabelecidas com a Universidade do Algarve, com a Câmara Municipal de Faro”, bem como com “outras organizações e associações locais” sediadas em Faro, Olhão e Loulé. Contudo, o presidente pretende ampliar a rede de colaboradores a “nível nacional” e promover eventos regulares que reúnam todos os parceiros na cidade.
De acordo com Azevedo, “vamos começar a lançar em breve informação sobre estes eventos, são eventos focados na arte e cultura […], nos quais pretendemos trazer músicas do mundo e convidar também as pessoas das diversas delegações e organizações que são parceiras e que nos apoiam para diálogo, intercâmbio, palestras e apresentações”.
Estes encontros permitirão criar “sinergias” e reforçar a cooperação entre parceiros lusófonos em áreas como “biologia marinha e ambiente”, “intercâmbio académico” e formação musical em colaboração com a Orquestra do Algarve.
O responsável acrescentou ainda que a associação “também envolve empresas e a área de empreendedorismo, para inovação e desenvolvimento de novas tecnologias em África”, sublinhando que essa é uma das áreas que a Terra Irmã pretende “estimular a partir do Tech Hub aqui da Universidade do Algarve”.















