O presidente do Farense assumiu esta quarta-feira que “vai ser difícil” segurar o guarda-redes Ricardo Velho e o extremo argelino Belloumi, confirmando “várias propostas” de clubes estrangeiros e “sondagens” de emblemas da I Liga de futebol.
“Vai ser difícil [segurar os dois jogadores], porque não há só uma ou duas situações, há várias situações. Se fosse uma ou duas situações ainda se poderia dizer que as negociações poderiam não ter sucesso, mas já houve propostas firmes, na casa dos milhões”, disse João Rodrigues.
O presidente do Farense falava aos jornalistas, à margem da tomada de posse dos novos órgãos sociais do emblema algarvio para o mandato 2024/2028, realizada hoje no Teatro Lethes, em Faro.
De acordo com o dirigente, há “várias propostas” em cima da mesa pelos dois jogadores, já formalizadas por clubes estrangeiros, enquanto de clubes portugueses confirmou “sondagens” para ambos, mas “nada de concreto”, sem especificar os interessados.
“Temos de ver qual será a melhor forma de fazer isto para todos, incluindo, e principalmente, os jogadores, mas também para a instituição. Nesta altura, nada está fechado, mas as coisas podem evoluir muito rapidamente”, admitiu João Rodrigues.
O extremo Belloumi tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros, enquanto Ricardo Velho, eleito o melhor guarda-redes da I Liga pelos capitães e treinadores dos emblemas em prova, está ‘protegido’ por uma cláusula de 10 milhões de euros.
No seu discurso durante a tomada de posse, João Rodrigues salientou a importância do pedido de Processo Especial para Acordo de Pagamento (PEAP), num valor aproximado de sete milhões de euros, submetido pelo clube junto das instâncias judiciais e que aguarda decisão “a qualquer momento”.
O objetivo passa por consolidar a dívida a todos os credores, transitando para o novo plano os valores relativos a Processos Especiais de Revitalização (PER) que o emblema de Faro já paga mensalmente há quase uma década.
“Temos pagado religiosamente as dívidas ao Fisco e à Segurança Social e já as reduzimos de 12 milhões de euros para 500 mil euros”, destacou o presidente do emblema de Faro, aos jornalistas.
Este ano, o pavilhão e edifício-sede do Farense foram penhorados, devido a uma dívida antiga à Halcon Viagens, e estiveram em hasta pública, tendo sido apresentada uma licitação de dois milhões de euros, mas o processo foi suspenso após o pedido de PEAP.
Este processo permitirá “conseguir fixar toda a dívida e estabelecer a médio/longo prazo” uma forma de pagamento, que será de 100 prestações mensais, retirando ao clube “um grande peso que tem tido de suportar nos últimos anos”, vincou João Rodrigues.
O empresário João Rodrigues, de 62 anos, foi reeleito presidente do Farense, que lidera desde 2018, no passado dia 24 de maio, durante o ato eleitoral em que encabeçava a lista única concorrente aos órgãos diretivos e consultivo do clube.
A lista única recebeu 259 votos a favor, num ato em que se verificaram ainda três votos brancos e seis nulos, num total de 116 votantes.
Cristóvão Norte e José Alberto Pereira continuam nas presidências da Assembleia Geral e do Conselho de Fiscalização, Contencioso e Sindicância, respetivamente, para o período entre 2024 e 2028.
No regresso à elite, sob comando do técnico José Mota, que já renovou por mais uma época, o Farense terminou a temporada 2023/24 no 10.º lugar da I Liga, o seu melhor registo desde 1995/96.
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