Nem todos procuram a juventude eterna, mas há quem acredite que certos hábitos podem promover uma vida mais longa e saudável. Entre os elementos naturais que têm despertado interesse está uma planta com nome pouco familiar, mas que começa a conquistar destaque.
Longevidade nas montanhas da China
A Gynostemma pentaphyllum, conhecida popularmente como jiaogulan, é uma erva usada há séculos em algumas regiões do sul da China, sobretudo em áreas montanhosas onde a população apresenta uma notável longevidade. O fenómeno tem levado investigadores e especialistas a estudar os seus possíveis benefícios para a saúde.
Nome curioso, efeito promissor
De acordo com o Metrópoles, e segundo o nutricionista Fernando Castro, a planta ganhou o apelido de “planta da imortalidade” devido aos efeitos positivos observados ao longo do tempo nos seus consumidores habituais. O profissional destaca que há fundamentos científicos que explicam o interesse crescente por esta espécie.
O nutricionista explica que a jiaogulan é rica em saponinas do tipo gipenosídeo, compostos naturais que actuam como adaptógenos. Estes elementos ajudam o corpo a lidar melhor com o stress físico e metabólico, promovendo um funcionamento mais equilibrado do organismo.
Efeitos no sistema imunitário e metabolismo
Além de reduzir o impacto do stress, a planta possui também uma acção antioxidante robusta, o que pode contribuir para a regulação do sistema imunitário. A sua influência no metabolismo energético pode, assim, traduzir-se num estado de saúde mais estável e duradouro.
O especialista refere ainda que esta planta se revela especialmente útil para quem sofre de síndrome metabólica ou procura estratégias para um envelhecimento mais saudável. A combinação dos seus compostos naturais reforça o seu potencial terapêutico.
Benefícios que vão do coração ao sangue
“Em outras palavras, a erva auxilia na proteção cardiovascular, ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue, melhora a sensibilidade à insulina, reduz triglicéridos e melhora o perfil lipídico”, afirma o nutricionista Fernando Castro, citado pela mesma fonte.
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Recomendada em protocolos personalizados
No seu consultório, Fernando recomenda frequentemente o uso da jiaogulan em cápsulas, integradas em protocolos de rotina. A erva é especialmente indicada quando o objetivo é reduzir os níveis de cortisol, combater o stress e modular processos inflamatórios.
Várias formas de consumo disponíveis
Embora existam várias formas de consumo, a mais comum continua a ser em chá, preparado com as folhas secas da planta. Existem também versões em cápsulas, extrato líquido ou em pó, consoante a preferência e orientação profissional.
O uso da planta ao natural é raro, devido ao seu sabor amargo. No entanto, para quem tolera o paladar ou recorre a suplementos, os benefícios relatados podem justificar a introdução deste fitoterápico na rotina, de acordo com a mesma fonte.
Cautela mesmo com o que é natural
Apesar de ser um produto natural, a jiaogulan não está isenta de riscos. O nutricionista alerta que o consumo deve ser sempre avaliado caso a caso, especialmente em pessoas com condições clínicas específicas ou que estejam a seguir medicação regular.
Segundo Fernando Castro, há grupos que devem evitar a planta: “O consumo não é recomendado para gestantes, lactantes e crianças. Pessoas com distúrbios autoimunes sem acompanhamento não devem ingerir a erva.”
Interacções com medicamentos exigem atenção
Como atua directamente sobre o sistema imunitário, esta planta pode interferir com certos tratamentos, nomeadamente com imunossupressores. Da mesma forma, o seu efeito hipotensor exige cautela em quem já toma medicamentos para a tensão arterial.
A natureza continua a surpreender
A inclusão da Gynostemma pentaphyllum deve ser feita com orientação profissional, mas não deixa de ser um exemplo interessante de como a natureza continua a surpreender com soluções promissoras para o bem-estar e a longevidade.
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