Skip to content
Postal do Algarve

#liberdadeparainformar
Site provisório

Postal do Algarve

Diariamente, siga as notícias do Algarve e as mais relevantes de Portugal e do Mundo

Menu
  • Sociedade
    • Ciência
  • Economia
    • Patrocinado
  • Saúde
  • Política
    • Legislativas 2022
  • Cultura
    • Ensino
    • Lazer
  • Desporto
  • Opinião
  • Europe Direct Algarve
  • Edição Papel
    • Caderno Alcoutim
  • Contactos
Menu
Foto D.R.
Economia, Sociedade

Falta de água no solo já afeta culturas de sequeiro no Algarve 

A falta de chuva no Algarve é um “problema transversal” à agricultura na região e está já a afetar as culturas de sequeiro tradicionais, como a amêndoa ou a alfarroba, advertiu o diretor regional de Agricultura.

08:47 15 Fevereiro, 2022 08:52 15 Fevereiro, 2022 | POSTAL

“O que vamos também observando é que cada vez mais há dificuldades por parte das culturas de sequeiro, por via dessa diminuição dos volumes de precipitação anual e daquilo que o solo tem capacidade para reter”, afirmou Pedro Monteiro à Lusa.

O diretor regional de Agricultura indicou que as culturas “tradicionais, que sempre foram feitas em modo de sequeiro, no qual se incluem as fruteiras como por exemplo a alfarrobeira, a amendoeira, a figueira a oliveira”, estão já a ser afetadas pela falta de humidade no solo, sendo os concelhos de Olhão, Faro, São Brás de Alportel e Loulé os mais afetados.

Estas culturas têm, assim como “as pastagens naturais e alguns cereais” de cevada ou trigo, “um comportamento exatamente igual ao da vegetação natural” a acabam por “viver apenas daquilo que naturalmente cai na forma de precipitação e fica armazenado no solo”, ao contrário das culturas de regadio.

“Nós, se formos hoje ao barrocal [entre a serra e o mar], nomeadamente nesta zona a norte de Faro e nestes concelhos do Algarve central, começamos a ver também já algumas situações complicadas nessas espécies mais rústicas”, disse Pedro Monteiro, em declarações à Lusa.

A mesma fonte explicou que a falta de chuva e as temperaturas elevadas provocaram uma “floração precoce da amendoeira”, criando “alguns problemas em termos da queima do candeio da alfarrobeira”, que trará consequências depois na produção.

“E tudo resulta desta conjugação desses parâmetros climatéricos que são complicados, porque temos temperaturas anormalmente elevadas durante o dia, à noite temperaturas mais baixas, pouca humidade do solo e isto leva à dissecação dos tecidos e as plantas ficam mais suscetíveis, por exemplo, a serem queimadas pela geada”, precisou.

Além das culturas de sequeiro, a falta de chuva está também a afetar o regadio, o outro grande grupo de culturas do Algarve, que deveria estar a subsistir até março apenas com a água da chuva, mas cujos campos tiveram de ser regados em função da falta de água e de humidade no solo.

“Por norma, a campanha de rega no Algarve, o mais cedo que começa é aí por volta de março. Nos anos mais chuvosos conseguimos protelar o início da rega para maio. E, hoje em dia, em algumas zonas, já estamos a regar”, notou.

Devido à seca em Portugal continental, no passado dia 01 de fevereiro, o Governo decretou limites à produção de energia em várias barragens: Alto Lindoso/Touvedo, Vilar de Tabuaço, Alto Rabagão, Cabril e Castelo de Bode.

A água da barragem de Bravura, no barlavento algarvio, deixou de poder ser usada para rega.

Pedro Monteiro manifestou a “esperança que venha ainda alguma precipitação para atenuar os efeitos da seca”, apontando como possíveis soluções a diversificação de fontes de água.

Com mais fontes, será possível reservar mais água para épocas de escassez e recuperar aquíferos, sublinhou, dando como exemplos a dessalinização ou a utilização de águas tratadas para rega de pomares próximos de estações de tratamento.

“Por outro lado, também, no estudo do Regadio 2030, que recentemente terminou o processo de consulta pública, a Direção Regional propôs a construção de dois açudes móveis, insufláveis, em duas ribeiras que têm caudais instantâneos muito elevados quando chove, mas também rapidamente secam, a sotavento [leste] na ribeira da Foupana e a barlavento [oeste] na ribeira de Monchique”, sublinhou.

O objetivo é, adiantou, “fazer uma retenção temporária dessa água e depois bombeá-la quer para a barragem de Odelouca, no barlavento, quer para a de Odeleite, no sotavento”.

“Se juntarmos esse reforço adicional às poupanças que os aproveitamentos hidroagrícolas estão a ter na mitigação das perdas, nomeadamente, através da conversão dos sistemas gravíticos em pressurizados, a intenção é podermos, na áreas de regadios já instaladas – mas que são regadios privados, abastecidos a partir de furos -, desligar esses furos, porque não nos podemos esquecer que há hoje em dia uma grande pressão sobre os aquíferos”, concluiu.

RELACIONADO:

Seca: Regadio no Algarve divide ambientalistas de autoridades e produtores – REPORTAGEM

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
Linkedin
Share on whatsapp
Whatsapp
Share on email
Email
Há um novo POSTAL do ALGARVE nas bancas com o Expresso 🌍

Últimas

  • Presidente da CCDR Algarve quer reduzir abandono precoce da educação de 20% para 5% até 2030
    Presidente da CCDR Algarve quer reduzir abandono precoce da educação de 20% para 5% até 2030
  • “Leonora Addio”, um filme de Paolo Taviani para ver no Hotel AP Maria Nova de Tavira
    “Leonora Addio”, um filme de Paolo Taviani para ver no Hotel AP Maria Nova de Tavira
  • Encontros comunitários do projeto Gatilho continuam nas freguesias de Lagos
    Encontros comunitários do projeto Gatilho continuam nas freguesias de Lagos
  • Greve nacional de médicos marcada para 8 e 9 de março
    Greve nacional de médicos marcada para 8 e 9 de março
  • Mais de 2.700 pessoas estavam em vigilância eletrónica no final de 2022
    Mais de 2.700 pessoas estavam em vigilância eletrónica no final de 2022

Opinião

  • Cinto de Órion, também conhecido como “As Três Marias”, para ver no céu de fevereiro | Por Ricardo Cardoso Reis
    Cinto de Órion, também conhecido como “As Três Marias”, para ver no céu de fevereiro | Por Ricardo Cardoso Reis
  • Cancro: há Guerras sem vencedores nem vencidos | Por Raquel Granjo
    Cancro: há Guerras sem vencedores nem vencidos | Por Raquel Granjo
  • Leitura da Semana: Amamos, porquê?, de Anna Machin 
    Leitura da Semana: Amamos, porquê?, de Anna Machin 

Europe Direct Algarve

  • Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
    Taxas Euribor a seis meses batem novo recorde, renovaram a um máximo de 14 anos
  • Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
    Sentimento económico recupera em janeiro na UE e na zona euro
  • Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
    Programa de financiamento CERV – Cidadãos, Igualdade, Direitos e Valores pelo comissário Reynders [vídeo]
  • Política de Privacidade, Estatuto Editorial e Lei da Transparência
Configurações de privacidade
©2023 Postal do Algarve