A Autoridade para as Condições de Trabalho e o documento interno da Brisa registam falhas de segurança da empresa Arquijardim e nos trabalhos que decorriam quando o carro onde seguia Eduardo Cabrita atropelou mortalmente um trabalhador. Segundo o “Diário de Notícias”, estas falhas foram também evidenciadas por depoimentos de um colega de trabalho do sinistrado. Contudo, não foram valorizadas pelo Ministério Público (MP).
Na acusação do MP referia-se que os trabalhos em curso no dia do acidente, e nos quais participava Nuno Santos, decorriam na berma direita e que “a atividade em causa estava adequadamente sinalizada”. No entanto, a vítima estava no separador central e “iniciou a travessia da faixa de rodagem em direção à berma do lado direito”.
“Com base nos dados disponíveis, o acidente poderá ter sido causado pela seguinte hipótese: intervenção nas vias da autoestrada ou no separador central, por parte do sinistrado, sem justificação válida, face à natureza dos trabalhos que estavam a ser executados (controlo de vegetação na zona adjacente da berma direita da autoestrada)”, lê-se no relatório da Brisa.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL