Os pais do bebé de 10 meses que morreu no hospital de Portimão por falha na transferência para Lisboa exigem respostas da autoridades portuguesas e um pedido de desculpas pela forma como foram tratados, em declarações prestadas à BBC.
“Ele andava a comer e a dormir bem, mas depois ficou com febre. Depois ficou com dificuldades em respirar e fomos ao hospital”, explica a mãe e acrescenta que foram mandados para casa com uma bomba de asma, ibuprofeno e paracetamol.
No dia seguinte, a mãe relata que o menino ficou pior, “parecia um boneco de trapos. Estava mole e com os olhos inchados”.
A família voltou ao hospital de Portimão, onde foram realizadas mais análises. Apesar de não saberem que tratamento recebeu o bebé, a mãe conta que “estabilizou” e que lhes foi dito que iria ser transferido por ambulância aérea para uma unidade de cuidados intensivos num hospital maior.
“Duas horas depois eles ainda estavam a tratar do menino quando era suposto ser transferido. Só podia rezar.”
A progenitora exige “responsabilidades, uma desculpa, pois afinal de contas ele era apenas um bebé”.
A família está neste momento a angariar fundos para contratar um advogado. Espera também saber quando o corpo será transladado para o Reino Unido.
O Ministro da Saúde Português, Manuel Pizarro, afirmou “lamentar profundamente o resultado deste caso” e enviou “sentidas condolências à família enlutada”, segundo a BBC.
O caso já originou a um inquérito que se encontra em curso.