Portugal regista hoje mais 911 casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, três mortes associadas à covid-19 e uma descida nos internamentos, segundo dados oficiais.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje, estão agora internadas 318 pessoas, menos 13 do que na sexta-feira, das quais 64 em unidades de cuidados intensivos, menos uma nas últimas 24 horas.
Os quatro óbitos foram registados nas regiões de Lisboa (1) e Centro (2), precisam os dados da autoridade de saúde, indicando que as vítimas são um homens e duas mulheres com mais de 80 anos.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 18.156 pessoas e foram registados 1.089.888 casos de infeção.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se entre os idosos com mais de 80 anos (11.842), seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos (3.886).
Do total de vítimas mortais registadas até à data, em Portugal, 9.523 eram homens e, 8.632, mulheres.
Nas últimas 24 horas, registaram-se menos 88 casos ativos de covid-19, para um total de 31.452, referem os dados da DGS, segundo os quais 996 pessoas foram dadas como recuperadas, elevando para 1.040.280 o total de pessoas recuperadas desde o início da pandemia.
O número de contactos em vigilância pelas autoridades de saúde aumentou, mais 71, situando-se nos 22.239.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 584.835 mulheres e 504.307 homens. Há ainda 746 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática, explica a DGS.
Entre as novas infeções destaca-se a faixa etária dos
20 aos 20 (mais 154 casos), seguida dos 40 aos 49 anos (mais 153), dos 30 aos 39 anos (mais 136), dos 50 aos 59 anos (mais 119), dos 60 aos 69 anos (84), dos 10 aos 19 anos (81), dos zero aos nove (mais 78), dos mais de 80 anos (mais 61) e dos 70 aos 79 anos (mais 46).
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificadas 369 novas infeções, contabilizando-se até agora nesta área geográfica 420.941 casos e 7.727 mortos.
A região Norte registou 233 novas infeções por SARS-CoV-2, totalizando 416.066 casos de infeção e 5.598 óbitos desde o início da crise pandémica.
De acordo com os dados, foram registados na região Centro mais 191 casos, perfazendo 146.763 infeções e 3.181 mortos.
No Alentejo foram assinalados 33 novos casos de infeção, totalizando 40.167 contágios e 1.052 mortos desde o início da pandemia.
O boletim de hoje da DGS contabiliza ainda 50 novos casos na região do Algarve, acumulando-se 43.946 contágios pelo SARS-CoV-2 e 479 óbitos.
A região Autónoma da Madeira contabilizou 22 novos casos, somando 12.670 infeções e 74 mortes devido à doença covid-19 desde março de 2020.
Nas últimas 24 horas, e segundo a DGS, os Açores registaram 13 novos casos, o que eleva para 9.335 infeções desde o início da pandemia e 45 mortes devido à doença.
As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.
A covid-19 provocou pelo menos 4.979.103 mortes em todo o mundo, entre mais de 245,47 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
VACINAS OFERECEM MAIOR PROTEÇÃO DO QUE INFEÇÃO ANTERIOR
As vacinas contra a covid-19 oferecem maior proteção do que imunidade resultante de uma infeção anterior, de acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
Pessoas não vacinadas que foram infetadas meses antes têm cinco vezes mais probabilidades de contrair covid-19 do que as pessoas com vacinação completa e sem infeção anterior, conclui-se a partir dos dados fornecidos hoje por aquela autoridade de saúde norte-americana.
“Estes dados mostram, com bastante ênfase, que as vacinas conferem maior proteção contra as formas sintomáticas da covid-19″, afirmou um médico especialista em doenças infecciosas, Mike Saag, da Universidade do Alabama, em Birmingham, que não esteve envolvido no estudo.
A pesquisa analisou dados de quase 190 hospitais em nove Estados e os investigadores analisaram cerca de 7.000 pacientes adultos que foram hospitalizados este ano com doenças respiratórias ou sintomas semelhantes aos da covid-19.
Cerca de 6.000 desses pacientes foram totalmente vacinados com as injeções da Moderna ou da Pfizer, entre três e seis meses antes do internamento hospitalar, enquanto outros 1.000 não foram vacinados, mas tinham sido infetados com covid-19 no mesmo período temporal.
Cerca de 5% dos pacientes vacinados tiveram teste positivo ao SARS-CoV-2, contra cerca de 9% dos pacientes do grupo não vacinado.
Os investigadores consideraram ainda outros dados, como a idade e a intensidade da circulação do vírus em diferentes áreas para concluir que o grupo não vacinado corria um risco maior de contrair a doença.
O estudo suporta algumas investigações anteriores, incluindo pesquisas que encontraram níveis mais elevados de anticorpos em pacientes vacinados do que noutros que tinham contraído a doença.
Ainda segundo os investigadores, não foram recolhidos dados suficientes para chegar a qualquer tipo de conclusão sobre as vacinas da Johnson & Johnson.
PORTUGAL PODE CHEGAR AOS 240 CASOS POR 100 MIL HABITANTES DENTRO DE UM A DOIS MESES
Portugal pode ultrapassar a barreira dos 240 casos por 100 mil habitantes a 14 dias dentro de um a dois meses, avança o relatório das “linhas vermelhas” da covid-19, que admite um aumento dos internamentos em cuidados intensivos.
Segundo a análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgada, o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 está nos 1,08, “indicando uma tendência crescente da incidência de infeções a nível nacional”.
“A manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 240 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em um a dois meses”, refere o relatório das autoridades de saúde.
O grupo etário com incidência cumulativa a 14 dias mais elevada correspondeu às pessoas entre os 20 e os 29 anos, com 154 casos por 100 mil habitantes, mas verifica-se uma tendência globalmente crescente em todos os grupos etários entre os 20 e os 79 anos.
Os vários indicadores indicam que o país se mantém com uma “atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade reduzida”, mas, ao contrário da situação estável da semana anterior, apresenta agora uma “tendência crescente nível nacional”.
♦ LINKS ÚTEIS
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford – dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine – gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Agência Europeia dos Medicamentos
- Covid-19 DGS – relatórios de situação diários
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças