A afluência aos serviços de urgências hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou, entre janeiro e julho deste ano, 31% face ao mesmo período de 2021. Ou seja, há mais 2300 doentes a procurar diariamente este tipo de serviço no SNS. De acordo com o “Jornal de Notícias”, os números aproximam-se dos valores pré-pandemia.
Em 2022, nos primeiros sete meses do ano, registaram-se 3,56 milhões de idas às urgências. Em 2019, tinham sido registados 3,69 milhões. No entanto, a sazonalidade destes serviços parece ter mudado: em vez de haver uma maior procura do serviço no inverno, este ano o pico ocorreu em maio (657.278 episódios). O segundo mês com mais idas às urgências, de acordo com os dados disponíveis no Portal do SNS, foi março (mais de 567 mil casos).
De acordo com os dados do SNS, cerca de 40% dos doentes que se dirigiram às urgências fizeram-no sem necessidade clínica urgente. Estes utentes acabam por criar saturação e dificuldade de resposta aos doentes mais graves, têm vindo a assinalar gestores hospitalares e governantes da área da saúde.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL