A chegada da Páscoa e de outras festividades como o Natal ou o Ano Novo traz momentos de celebração e fartura à mesa. Naturalmente, sobram refeições que muitos aproveitam nos dias seguintes. No entanto, a forma como essas sobras são armazenadas pode esconder riscos graves para a saúde, alertam especialistas.
Um hábito comum que pode ser perigoso
De acordo com o Daily Mail, a utilização de papel de alumínio para guardar alimentos é prática corrente nas cozinhas, mas pode não ser a opção mais segura para conservar as sobras.
O que falha no papel de alumínio
Segundo a mesma fonte, este material não cria uma vedação hermética, permitindo a entrada de oxigénio e favorecendo o crescimento de bactérias. A entrada de oxigénio nas embalagens facilita a proliferação de agentes patogénicos, mesmo que os alimentos pareçam frescos à primeira vista, explica o jornal.
Entre os principais perigos está a contaminação por Staphylococcus aureus e Bacillus cereus, conhecidos por provocarem intoxicações alimentares, refere a publicação. Outro risco a considerar é o botulismo, provocado pela bactéria Clostridium botulinum, cuja toxina é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais letais conhecidas.
O que recomendam os especialistas
Segundo informações do Southern Living, a alternativa mais segura ao papel de alumínio é o uso de recipientes herméticos de vidro ou de plástico próprio para alimentos.
A publicação acrescenta que estes recipientes impedem a entrada de ar, reduzindo drasticamente o risco de proliferação bacteriana.
Arrefecer corretamente é fundamental
De acordo com a Food Standards Agency (FSA), os alimentos devem ser refrigerados no máximo até duas horas após terem sido servidos, para evitar o crescimento de microrganismos.
Se a temperatura ambiente for superior a 32°C, o intervalo de segurança reduz-se para uma hora, conforme a mesma fonte. Escreve o jornal que o frigorífico deve ser mantido a uma temperatura igual ou inferior a 5°C, enquanto o congelador deve operar a -18°C para assegurar a segurança alimentar.
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Locais a evitar para guardar comida
Refere a mesma fonte que armazenar alimentos em locais como varandas ou garagens, mesmo que frescos, não substitui a refrigeração adequada.
Dados do Daily Mail indicam que cerca de 27% das famílias britânicas ainda utilizam locais não refrigerados para guardar sobras, o que constitui um risco considerável.
Atenção aos alimentos ácidos
Segundo o Southern Living, o contacto prolongado de alimentos ácidos com papel de alumínio, como citrinos ou ruibarbo, pode causar reações químicas.
Estas reações podem libertar partículas de alumínio nos alimentos, alterando o sabor e, a longo prazo, podendo ter implicações para a saúde, conforme a mesma fonte.
Como guardar sobras de forma segura
Especialistas recomendam o uso de recipientes herméticos não reativos, preferencialmente de vidro ou plásticos próprios para uso alimentar, refere a publicação. É também aconselhável identificar os recipientes com datas, para controlar melhor o tempo de conservação dos alimentos.
Dividir grandes quantidades em porções mais pequenas facilita o arrefecimento rápido e reduz o risco de contaminação, segundo o Daily Mail. Nunca se deve recongelar um alimento que já foi descongelado, uma vez que essa prática aumenta a probabilidade de desenvolvimento bacteriano, explica o site.
Combater o desperdício sem comprometer a saúde
Embora o combate ao desperdício alimentar seja essencial, é igualmente importante assegurar que as sobras não se transformam num perigo para a saúde pública. Adotar boas práticas de armazenamento é uma forma simples de proteger a saúde e, simultaneamente, contribuir para um consumo mais sustentável.
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