A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu hoje que o Governo e as instituições de saúde estão a trabalhar diariamente para, “num contexto extraordinariamente difícil”, assegurar as condições de assistência que são prestadas pelo profissionais aos portugueses.
“Todos os dias o Governo, as instituições de saúde e os profissionais de saúde trabalham para que seja possível, num contexto extraordinariamente difícil, garantir os cuidados aos portugueses e tenho a certeza de que as pessoas sabem isso e os profissionais de saúde também”, afirmou a ministra.
Marta Temido, que falava à margem da sessão de homenagem aos profissionais de saúde, que decorreu hoje no Hospital de Santo António, no Porto, e contou com a presença do Presidente da República, deixou uma mensagem de “encorajamento” aos profissionais.
Questionada pelos jornalistas sobre a exaustão destes profissionais, Marta Temido observou que os mais de quatro mil profissionais de saúde que foram contratados, em regime excecional desde março, estão a ser fixados “a tempo indeterminado”.
“Os números e os factos e o investimento falam por si e os profissionais de saúde sabem disso. Os que estão no terreno diariamente sabem disso, mesmo que, naturalmente, se sintam cansados e sobretudo, sabem que os portugueses contam com eles”, reforçou.
Também questionada sobre se era necessário repensar o natal, Marta Temido lembrou que “cada coisa tem o seu tempo” e que hoje, era um “dia especial para fazer uma homenagem”.
Portugal registou hoje mais cinco mortos relacionados com a covid-19 e um número recorde de 1.646 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o maior número de casos de infeção. O segundo maior registo aconteceu a 10 de abril, com 1.516, e o terceiro mais recentemente, nesta sexta-feira, com 1.394 novos casos.
Portugal já registou 2.067 mortes e 85.574 casos de infeção, estando hoje ativos 30.704 casos, mais 1.002 do que na sexta-feira.
A DGS indica que, das cinco mortes registadas nas últimas 24 horas, duas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, duas na região Norte, onde agora se verifica o maior número de infeções (na sexta-feira liderava Lisboa), e uma no Algarve.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim revela que estão internadas 831 pessoas (mais 20 nas últimas 24 horas), das quais 122 em cuidados intensivos (menos três em relação a sexta-feira).
O número de recuperados aumentou para 52.803 (mais 639 do que na sexta-feira).