Diz estar bem preparada para enfrentar os próximos desafios e projetar o futuro de Tavira. A sua grande prioridade são as pessoas, que serão ouvidas para que seja elaborado um programa eleitoral participado e mobilizador, que vá ao encontro das suas necessidades, nomeadamente nas questões sociais
Do seu trabalho, Ana Paula Martins destaca as respostas sociais traduzidas em apoios que a autarquia criou para minimizar os impactos da pandemia junto das famílias, das associações e das empresas
Estou muito confiante. Os tavirenses conhecem-me e conhecem o meu trabalho
P – É a sua primeira candidatura à presidência da Câmara de Tavira, uma vez que exerce o cargo em substituição de Jorge Botelho, chamado a desempenhar funções no governo. Um bom resultado para si e para o PS, não será outro senão a vitória. Está confiante?
R – Estou muito confiante. Os tavirenses conhecem-me e conhecem o meu trabalho. Sabem que sou uma pessoa honesta, empenhada e trabalhadora. Nasci, cresci e resido em Tavira, estou no executivo camarário desde outubro de 2009 como vereadora e Vice-presidente e desde outubro de 2019 como presidente.
Tem sido uma experiência gratificante e de dedicação total trabalhar para Tavira e para a sua população. Após 5 meses nesta função, surgiu esta pandemia mundial que a todos surpreendeu e que apelou à nossa capacidade de resiliência e adaptação, exigindo dos autarcas um enorme esforço.
Julgo que mostrei estar à altura da situação, trabalhando articuladamente com o executivo e com a Proteção Civil local e regional na proteção da nossa comunidade e na mitigação dos riscos de contágio, centrando a atividade na resposta à nova realidade sem deixar de concretizar os restantes projetos municipais.
Estratégia Local de Habitação permitirá a construção de nova habitação social
P – Do seu trabalho e deste mandato que obra destacaria?
R – Nesta última fase destacaria as respostas sociais, traduzidas em apoios que o município criou para minimizar os impactos da pandemia junto das famílias, das associações e das empresas.
Destacaria ainda, a execução da Estratégia Local de Habitação, com financiamento assegurado, que permitirá a construção de nova habitação social e habitação a custos controlados.
Relativamente a obras, destacaria a requalificação da Escola EB Santo Estevão, a reabilitação em curso do Cine Teatro, da Piscina e do Pavilhão municipais, a construção da nova Ponte sobre o Rio Gilão, a substituição e alargamento do Passadiço de Cabanas e um conjunto vasto de pavimentações.
P – Tavira com toda a sua história e património, tem todas as condições para se afirmar no contexto regional e nacional com uma ideia e um projeto de cultura? O que falta?
R – Tavira já se afirmou no contexto regional e nacional em termos culturais, pelo seu património arquitetónico e imaterial, como Comunidade Representativa da Dieta Mediterrânica, traduzida na qualidade das exposições realizadas no Palácio da Galeria e numa oferta cultural diversificada durante todo ano (agora condicionada por força do contexto atual) com contributos significativos das associações locais.
O futuro cineteatro, a construção do Núcleo Fenício e a abertura do Museu 0, serão importantes para consolidar ainda mais esta vertente.
Vamos ouvir as pessoas e elaborar um programa participado e mobilizador
P – E o rio? Para quando um projeto de valorização do rio, das suas margens, da sua navegabilidade para pequenas embarcações de passeios turísticos. A Veneza algarvia não se devia apenas circunscrever ao nome, não acha?
R – A requalificação das frentes ribeirinhas da cidade de Tavira é uma realidade em curso, com intervenções já concretizadas e outras em projeto.
As intervenções a realizar integram um conjunto de ações que visam melhorar a acessibilidade e mobilidade ao longo do Rio. Pretende-se criar condições de utilização do Rio e possibilitar a utilização de embarcações não motorizadas.
O Parque Verde do Séqua será ampliado e valorizado, com equipamentos e novas áreas que permitirão realizar exercício físico e atividades de jogo e recreio adaptadas a várias faixas etárias. Serão criadas zonas de descanso e contemplação, um percurso junto ao Rio com miradouros, esplanada e parque de merendas.
A concretização de um porto de recreio na área destinada ao porto de pesca, está também a ser avaliada e a sua concretização proporcionará condições de acostagem às embarcações dos residentes e visitantes.
P – Assunto da polémica atual centra-se na reconstrução do Cineteatro António Pinheiro. Gosta do que vê ou subscreve as opiniões criticas que correm nas redes sociais?
R – Eu vejo um equipamento essencial para a cidade e para a sua dinamização cultural, que permitirá a realização de espetáculos de música, teatro, dança e cinema bem como a utilização pelas associações do concelho.
O projeto realizado por arquitetos de Tavira, e alvo de vários pareceres, mantém a volumetria do antigo espaço, com exceção da caixa de palco, que tem de subir de modo a que o equipamento cumpra a sua função e possamos receber espetáculos de todos os tipos.
Não podíamos perder a oportunidade de reabilitar este espaço com uma comparticipação significativa de fundos comunitários e deixar Tavira sem um equipamento desta natureza.
A maioria da população elogia a [nova] ponte
P – E a polémica da ponte, está ultrapassada?
R – A atual ponte substituiu uma velha e com graves problemas de segurança para a circulação.
A maioria da população elogia a ponte no sentido estético e de grande utilidade em termos de mobilidade.
P – Se ganhar as eleições, quais são as suas prioridades?
R – A grande prioridade será sempre as pessoas. Vamos ouvi-las e elaborar um programa participado e mobilizador, que vá ao encontro das suas necessidades, nomeadamente nas questões sociais.
Neste sentido, a criação de habitação municipal será uma realidade, concretizando a estratégia local de habitação.
Na minha visão de futuro é necessário uma estratégia clara que, para além da reabilitação e construção de infraestruturas sociais, desportivas, rodoviárias e de segurança ainda necessárias, impulsione o desenvolvimento económico, gere emprego e permita a fixação de jovens no concelho.
A confiança de uma gestão com rigor e contas certas
P – Que boa razão apontaria para pedir o voto à população de Tavira?
R – A confiança de uma gestão com rigor e contas certas, a capacidade de concretizar projetos e o profundo conhecimento que tenho das necessidades do concelho, após estes anos de trabalho autárquico.
Apesar do muito trabalho já realizado, existem sempre novas ideias e projetos para pôr em prática e melhorar o concelho e as condições de vida das pessoas.
Penso que a consciência desta realidade, faz de mim uma candidata bem preparada para enfrentar os próximos desafios e projetar o futuro de Tavira.