Na madrugada do passado dia 21 de dezembro, o bebé de um familiar direto com quatro meses, cidadão português a residir na Dinamarca com os pais, foi atendido no Hospital de Faro, encaminhado pela linha de saúde 24, na sequência de um episódio de urgência respiratória. Nada a dizer da linha ou do atendimento no Hospital, atencioso e pronto na resposta.
O que nos surpreendeu foi a exigência do cartão europeu de saúde sem o qual teriam de pagar mais de 100 euros! O bebé visita o país dos pais pela primeira vez e não lhes passou pela cabeça que fosse necessário outro documento que não o cartão de cidadão, para acesso a cuidados públicos de saúde em Portugal.
Trata-se de jovens portugueses emigrados, e não vamos falar aqui sobre a responsabilidade do Estado português nesta decisão, que os obriga a sair em busca de melhores oportunidades – a Dinamarca por exemplo oferece licenciaturas e mestrados grátis e a possibilidade, real, de comprar uma casa com crédito bancário.
Nas palavras da jovem mãe “ontem não nos sentimos portugueses!”.
Alguém me explica em que é que esta medida é justa? E em que medida é que estas situações deixam nos nossos jovens a vontade de regressar?
Talvez uma taxa moderadora especial para portugueses não residentes…
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