O azeite é um dos ingredientes mais utilizados na cozinha portuguesa, conhecido pelos seus benefícios para a saúde e pelo sabor que acrescenta aos pratos. No entanto, há um erro comum que muitas pessoas cometem ao utilizar este óleo na confeção de alimentos.
O ponto de fumo do azeite
De acordo com a Cozinha Técnica, cada tipo de gordura tem um limite de temperatura a partir do qual começa a queimar e a produzir fumo. Este limite, conhecido como ponto de fumo, varia consoante a qualidade do produto. Quando ultrapassado, pode alterar as propriedades do óleo e torná-lo prejudicial para a saúde.
O que acontece quando aquece demasiado?
Quando o azeite é aquecido para além do seu ponto de fumo, perde parte dos seus compostos benéficos, como os antioxidantes e os polifenóis. Além disso, pode gerar substâncias tóxicas, que são prejudiciais ao organismo quando consumidas regularmente.
Diferença entre azeite virgem extra e outros tipos
O azeite virgem extra tem um ponto de fumo mais baixo do que outros tipos de azeite mais refinados. Isto significa que é menos adequado para fritar ou cozinhar a temperaturas muito altas. Já os azeites mais processados, por terem menos impurezas, resistem melhor ao calor.
Azeite para cozinhar ou para temperar?
A melhor forma de aproveitar os benefícios do azeite virgem extra é utilizá-lo a cru, em saladas, molhos ou como finalização de pratos. Para cozinhar a temperaturas elevadas, podem ser escolhidos azeites refinados ou outros óleos mais resistentes ao calor.
Como evitar este erro na cozinha?
Para evitar que o azeite atinja o ponto de fumo, é importante controlar a temperatura da confeção. Uma forma simples de perceber se está demasiado quente é observar se começa a libertar fumo antes de se colocar os ingredientes na frigideira.
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A temperatura ideal para cozinhar com azeite
O azeite pode ser utilizado para saltear ou cozinhar a temperaturas moderadas, idealmente abaixo dos 180 °C. Acima desse valor, corre-se o risco de queimar o óleo e prejudicar a sua composição nutricional.
O mito de que não se pode aquecer
Muitas pessoas acreditam que aquecer azeite é sempre prejudicial, mas isso não é verdade. Desde que não atinja temperaturas excessivas, continua a ser uma opção saudável para cozinhar.
Alternativas para fritar a altas temperaturas
Quem precisar de cozinhar a temperaturas muito elevadas pode optar por óleos com pontos de fumo mais altos, como o óleo de abacate, óleo de amendoim ou mesmo azeite refinado, que suportam melhor o calor intenso.
O impacto na saúde
Consumir azeite queimado de forma regular pode contribuir para o aumento do stress oxidativo no organismo, um fator associado ao envelhecimento precoce e a diversas doenças inflamatórias.
A melhor forma de armazenar o ‘ouro liquido’
A exposição à luz e ao calor pode acelerar a degradação do azeite, mesmo antes de ser utilizado. Guardá-lo num local fresco e escuro ajuda a preservar as suas propriedades benéficas.
Continua a ser uma das melhores opções para cozinhar
Apesar da necessidade de cuidado com a temperatura, o azeite continua a ser uma das melhores escolhas para cozinhar, devido ao seu perfil nutricional equilibrado e ao facto de conter gorduras saudáveis.
O azeite é um alimento valioso, mas o seu uso deve ser feito de forma consciente. Para tirar o máximo partido, é aconselhável usá-lo com moderação no calor, optar por versões mais resistentes para fritar e sempre privilegiar o azeite virgem extra para temperar os pratos. Evitar temperaturas demasiado altas é essencial para manter os seus benefícios e evitar riscos desnecessários para a saúde.
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