Lamento ser o mensageiro de tão trágicas notícias. Mas desde os decisores políticos, os meios de comunicação social, escolas e empresas não estão a dizer a verdade, nós, jovens ativistas, vamos gritar o que a ciência tem vindo a relatar há mais de um século: estamos fodidos.
Se não estás assustado, talvez não estás a prestar atenção. Pesquise “alterações climáticas” na Internet, e rapidamente verá catástrofes que acontecem por todo o globo. Incêndios, Inundações, Furacões, Secas, Desertificação, Falha das colheitas, Ondas de Calor, a sexta grande Extinção de Espécies de Massa. Esta é a Crise climática. E este aumento progressivo da intensidade e frequência de os fenómenos climáticos irão piorar muito.
Não sou eu quem diz isto. O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) é claro: as alterações climáticas são antropogénicas, e temos até 2030 para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50% se quisermos manter o aquecimento global abaixo de 1,5º-2ºC. Ir além desse limite seria entrar num ponto de não retorno da desregulamentação dos sistemas terrestres. E apesar de todas as conferências e acordos feitos, esta falta de compromisso dos nossos governos está a liderar a humanidade para cenários de aumento de temperatura +3ºC ou +6ºC, nos quais mais de metade do mundo espera-se que a população viva em condições inabitáveis até ao final do século.
“Mas se tudo isto é conhecido pelos que estão no poder, porque não fazem tudo para o impedir?” – você pergunta. Simples, porque este sistema é controlado por um pequeno grupo de pessoas cujo único interesse é o seu próprio lucro imediato. Estamos a falar de indústrias poluidoras multi-milionárias – como a indústria fóssil, a aviação, a pecuária, a agricultura intensiva, a indústria farmacêutica, que estão a destruir o planeta com a conivência da nossa política decisores. Fizeram-nos acreditar que se tratava de um problema individual; e “esqueceram-se” de dizer nós que os 10% mais ricos emitem mais do que os 50% mais pobres e que apenas 100 empresas são responsável por 71% de todas as emissões.
Todo este enfoque no cidadão/consumidor foi premeditado. Há mais de 50 anos, ensinaram nós os 3Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Depois acrescentaram mais dois: Repensar e Rejeitar. E algumas pessoas já estão a falar de duas outras: Reparar e Recuperar. Infelizmente até com pessoas preocupadas com o ambiente e com estes 7R’s, a verdade é que todos os anos a o cenário é pior. Porque a acção individual de pessoas normais sozinhas não é suficiente para resolver um problema que não criámos.
O Norte global com responsabilidade histórica na crise climática precisa de mudanças no estilo de vida – dieta baseada em plantas, consumindo produtos locais e sazonais, não comprando produtos desnecessários e roupas e outros bens de durabilidade baixa, utilizando transportes públicos e evitando os descartáveis.
Mas para salvar o nosso presente-futuro, faltam os 8 “R” – Revolta! Os mais vulneráveis que ironicamente, os que menos contribuíram para esta crise são os que mais sofrem. Não podemos aceitar este destino.
Precisamos de mudar este sistema socioeconómico extrativista e imperialista que coloca lucro acima do bem-estar das pessoas e do ambiente.
Junte-se ao activismo interseccional – para podermos criar uma sociedade melhor – ecosocialista, feminista, anti-racista, e inclusiva para a todos. Nada contra os 7R’s, mas Por favor Acorde, precisamos que faça o 8º “R” – caso contrário, estamos fodidos.
c/ Amor e Fúria,
Mourana
*Luta diariamente para “construir um futuro bonito”. Sofreu de ‘Eco Ansiedade’ até descobrir o ativismo. Hoje é uma das referências ao nível do ativismo ambiental, em Portugal.
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LIXARTE – uma onda gigante para salvar os Oceanos!
O LIXARTE – transformar lixo marinho em arte – assume-se hoje como um projeto de ARTivismo climático. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a urgência de proteger os Oceanos, cumprindo as metas do Pacto Ecológico Europeu e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, aprovados pela ONU. O projeto teve início em 2021 e na fase inicial do projeto participaram alunos e professores de cinco escolas dos concelhos de Faro e Olhão e a mentoria foi da professora de Belas Artes Ana Sousa. Foram criadas 6 tapeçarias, a partir de lixo recolhido na costa algarvia e inspiradas na obra do artista africano El Anatsui. As peças foram apresentadas ao público, pela primeira vez, no dia 08 de junho de 2022, Dia Mundial dos Oceanos e estão em itinerância pela região desde então.
A edição de 2023 agrega 23 parceiros, em 7 concelhos. Participam 2 universidades, 4 ONG, 2 ONGA, 5 entidades públicas, fotógrafos, biólogos, comunicadores, ativistas climáticos de todas as idades. Foram construías 13 esculturas/instalações para espaços públicos.
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