Com o frio a chegar, a dúvida repete-se todos os anos: qual é a forma mais eficiente e económica de aquecer a casa? De acordo com especialistas da DECO PROTeste, a resposta depende de vários fatores, como o tipo de habitação, o isolamento térmico, o número de divisões e a necessidade de também usar o equipamento no verão para arrefecer o ambiente.
Ainda assim, há dois sistemas que se destacam pela relação entre custo, eficiência e impacto ambiental: o ar condicionado e a salamandra a pellets. Ambos são boas formas de aquecer a casa.
A organização de defesa do consumidor analisou várias soluções de aquecimento e concluiu que estas duas opções apresentam o melhor equilíbrio entre conforto e poupança. “As soluções com melhor relação custo-benefício e impacto ambiental são o ar condicionado e a salamandra a pellets”, explica a DECO PROTeste.
Ar condicionado e salamandras lideram nas contas
Segundo os cálculos da organização, uma salamandra a pellets permite poupar cerca de 96 euros por ano em comparação com um termoventilador. Já o ar condicionado pode representar uma poupança ainda maior, de cerca de 110 euros anuais, considerando um cenário de utilização de quatro horas por dia, cinco dias por semana, durante cinco meses, sendo também muito eficiente para aquecer rapidamente a casa.
O ar condicionado, embora muitas vezes associado apenas ao verão, é uma das formas mais rápidas e eficientes de aquecer o interior da habitação. “Os modelos mais recentes consomem pouca energia, são rápidos e silenciosos a climatizar a divisão e podem ser programados remotamente através de smartphones”, esclarece a DECO PROTeste.
As salamandras a pellets, por sua vez, são ideais para quem procura um sistema de baixo impacto ambiental. Queimam resíduos de madeira, os chamados pellets, considerados neutros em emissões de dióxido de carbono, também garantindo uma casa bem aquecida.
E os aquecedores portáteis?
Os aquecedores portáteis continuam a ser populares, existindo em cerca de 65% das casas portuguesas, mas devem ser usados apenas de forma pontual. Apesar do preço de compra reduzido, têm um consumo elétrico elevado, uma eficiência inferior e um impacto ambiental mais significativo. “Não são adequados para o aquecimento prolongado de divisões”, alerta a organização.
A importância do isolamento térmico
A DECO PROTeste lembra que, mais do que o equipamento, o fator decisivo para poupar energia é o isolamento da casa. “Mesmo com um bom aquecedor, o isolamento térmico é o fator mais determinante”, refere a publicação, destacando que o calor se perde facilmente por janelas, portas e paredes mal isoladas, tornando difícil e mais caro aquecer a casa.
Entre as medidas simples recomendadas estão o uso de cortinas espessas à noite, a aplicação de películas térmicas nas janelas, o recurso a rolos ou calafetagem para impedir a entrada de ar e a manutenção das portas fechadas nas divisões aquecidas.
A melhor estratégia para o conforto e a poupança
Segundo a organização, a forma mais inteligente de manter uma temperatura confortável é atuar sobre a envolvente do edifício. Isso inclui investir em janelas com vidros duplos, reforçar o isolamento e escolher um sistema de aquecimento eficiente e de baixo consumo. Invista em soluções de aquecimento que ajudam a aquecer a casa sem impactos negativos.
“O objetivo deve ser reduzir as necessidades de energia e manter o interior confortável, com menores emissões de CO₂”, conclui a DECO PROTeste, reforçando que, para a maioria das famílias, o ar condicionado e as salamandras a pellets continuam a ser as opções mais equilibradas entre conforto, custo e sustentabilidade.
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